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Poder de compra

Renda e emprego reforçam receitas

O orçamento das famílias contará também com outros aliados em 2010. O crescimento do emprego, o aumento da renda e o crédito devem turbinar as receitas do brasileiro, que de forma geral, terá mais dinheiro para gastar no próximo ano.

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Retomada pressiona alimentos

Depois de uma trégua em 2009, o preço dos alimentos tem grandes chan­­ces de subir em 2010. A recuperação das cotações das commodities agrícolas, o aumento do consumo da China e a retomada da economia bra­­sileira pressionam os preços, principalmente pa­­ra os produtos in natura, de acordo com o professor Alcides Leite, da Tre­visan Escola de Negócios.

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  • Itens mais leves

A recuperação da economia, a inflação menor neste ano, o crédito e o câmbio prometem trazer algum alívio para os bolsos das famílias em 2010. Depois de um período marcado por incertezas em função da crise, alguns itens do orçamento vão sofrer menos pressão no próximo ano, apontam analistas ouvidos pela Gazeta do Povo.A conta de luz, tributos como Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e o Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial (IPTU), e o aumento do aluguel devem pesar menos nas contas no ano que vem. Em compensação, os preços de alimentos, de serviços – como de planos de saúde, educação – e das passagens aéreas devem ficar mais salgados.Ainda assim, de maneira geral, o orçamento deve sofrer menos pressões do que neste ano. Além da inflação controlada – próxima do centro da meta do governo, de 4,5%, a renda das famílias deve crescer, embalada pela retomada do emprego e dos reajustes dos salários. Em 2010, boa parte dos chamados preços administrados – como energia, água, esgoto, telefonia – que são corrigidos pela inflação do ano anterior, tendem a subir menos, segundo Márcio Cruz, professor do Departamento de Economia da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Como a inflação de 2009 vai ficar menor do que a de 2008, os reajustes no próximo ano também serão mais tímidos.

No caso do IPTU, a Prefeitura de Curitiba já anunciou que o reajuste deve acompanhar a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – entre 4% e 4,5%. Neste ano, o aumento havia sido de 6,39%.Energia e IPVA

Graças a uma combinação de fatores, a conta de luz e o IPVA devem ficar mais baratos. No caso da energia elétrica, a redução do consumo por causa da crise econômica e o bom ritmo de chuvas mantiveram os níveis dos reservatórios, o que reduziu a necessidade de uso das usinas térmicas – cujo custo é maior que as hidráulicas. O dólar fraco também diminui o preço da energia de Itaipu, que é cotada na moeda norte-americana, e que tem impacto principalmente nas regiões Sul e Sudeste

"As operadoras deverão ter custos de operação menores e há grandes chances de a Aneel [Agência Nacional de Energia Elétrica] reduzir o teto da tarifa em 2010", diz Erik Rego, diretor da consultoria Excelência Energética, especializada no mercado de energia. Neste ano, o reajuste médio autorizado para Companhia Paranaense de Energia (Copel) foi de 12,9% que é transformado em desconto para quem paga a conta até o vencimento.

Proprietários de veículos que se assustaram com o valor do IPVA 2009 também devem ter uma surpresa boa no próximo ano. Como o cálculo para o pagamento é feito com base nos preços médios dos veículos, a forte desvalorização dos usados neste ano deve provocar a redução do imposto a pagar. Os incentivos dados para a compra do automóvel novo – como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) – provocaram uma corrida para a compra dos automóveis zero. Em contrapartida, os usados se desvalorizaram mais. A inspetora geral de arrecadação da Receita Estadual, Suzane Gambetta Dobjenski, diz que o IPVA de veículos populares ficará entre 11% e 17% menor do que o cobrado em 2009.

Aluguel

De acordo com Fábio Romão, economista da LCA Consultores, outro item de peso nas despesas das famílias – o aluguel – também tem boas perspectivas. O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), que corrige a maioria dos contratos de aluguel no país, registra, no acumulado de janeiro a outubro uma deflação de 1,57%, o que deve beneficiar os reajustes do próximo ano. "Mas é preciso lembrar que os imóveis estão se valorizando muito. Dificilmente teremos redução do valor do aluguel, mas ele vai subir menos", diz.

O dólar fraco também pesa a favor das famílias. Além de baixar os preços de produtos importados e de baratear o turismo fora do Brasil, ele reduz o custo de insumos importados pela indústria. A facilidade de importação também é importante para aumentar a concorrência e inibir aumento de preços de produtos nacionais. "Por isso não há previsão de grandes pressões inflacionárias para os bens de consumo" diz Thais Marzola Zara, economista-chefe da Ro­­senberg Consultores Associados. A exceção fica por conta de automóveis e eletrodomésticos de linha branca, que devem ficar mais caros com a retirada gradual dos benefícios fiscais como a redução do IPI.

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