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O presidente Barack Obama, ao lado do presidente do banco central dos EUA, Ben Bernanke, fala a jornalistas após encontro na Casa Branca: “Ainda temos muito trabalho a fazer” | Larry Downing/Reuters
O presidente Barack Obama, ao lado do presidente do banco central dos EUA, Ben Bernanke, fala a jornalistas após encontro na Casa Branca: “Ainda temos muito trabalho a fazer”| Foto: Larry Downing/Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse ontem que está vendo "sinais de esperança" na economia norte-americana golpeada pela recessão, mas que ela ainda está sob estresse severo. "Nós ainda temos muito trabalho a fazer", disse Obama a repórteres depois de um encontro com parlamentares e reguladores financeiros na Casa Branca. "Nós estamos começando a ver progresso."

Obama falou um dia depois que dados positivos sobre o comércio norte-americano e emprego ajudaram as ações em Wall Street a fecharem em alta, enquanto o conselheiro econômico da Casa Branca, Lawrence Summers, previu que a economia vai emergir depois de um sentimento de "queda livre" em meses, à medida que pacotes de estímulo e esforços de resgate tiveram efeito.

O presidente parou de declarar que a recessão está arrefecendo, dizendo ao invés disso que seu governo permanece cuidadoso em suas previsões.

Mas ele ofereceu um tom um pouco mais otimista que o mostrado recentemente. "O que nós estamos começando a ver são sinais de esperança na economia", disse. "Ao longo das próximas semanas, vocês verão ações extras do governo", acrescentou, sem dar detalhes.

Testes de estresse

Em uma carta enviada aos 19 bancos que estão sendo submetidos aos testes para avaliar o seu vigor financeiro, os chamados "testes de estresse", os órgãos federais dos EUA pediram para que as instituições não divulguem os resultados em seus próximos informes financeiros, de acordo com fontes da indústria e de órgãos federais. Se os bancos que receberem as mais altas notas divulgarem seus resultados, os reguladores temem que os investidores possam pressionar para baixo os preços das ações daquelas companhias que não fizerem tais anúncios.

Os testes de estresse estão no centro de um esforço em andamento da administração do presidente Barack Obama para estabilizar a indústria bancária. Eles estão submetendo os livros dos bancos a uma série de cenários negativos, incluindo taxa de desemprego de dois dígitos e quedas adicionais no valor das casas.

Os resultados dos testes vão ajudar os reguladores a determinar quais bancos estão fortes o suficiente com os atuais subsídios, quais precisam de mais dinheiro do governo ou de investidores privados e aqueles que não valem a pena ser salvos.

"Processo estúpido"

As cartas foram enviadas após declarações públicas de executivos de bancos sobre os testes, incluindo o executivo-chefe do Wells Fargo & Co, Richard Kovacevich, que chamou o processo de "estúpido". Os executivos-chefes do Bank of America, Kenneth Lewis, e o do Citigroup, Vikram Pandit, insinuaram fortes desempenhos em testes de estresse internos, separados, em recentes memorandos com objetivo de reforçar a confiança dos funcionários. Lewis disse aos repórteres no mês passado que espera que o Bank of America passe nos testes do governo.

O Wells Fargo recebeu uma ajuda de US$ 25 bilhões do programa de socorro do governo, enquanto o Bank of America e o Citigroup receberam, cada um, US$ 45 bilhões.

Os porta-vozes do Federal Reserve e do Bank o America não comentaram a questão. Representantes do Citigroup também não responderam aos pedidos para comentar o assunto. A porta-voz do Wells Fargo, Julia Tunis Bernard, disse que o banco não comenta discussões com os órgãos reguladores.

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