| Foto: Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo

A Feirinha de Antiguidades da Praça da Espanha entrou na onda dos cartões de débito e de crédito. O consumidor já não precisa levar dinheiro em espécie para garimpar boas peças entre as barracas, e os feirantes garantem vendas mais seguras, sem o risco de aceitar cheques de desconhecidos para não perder o negócio.

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Encerradas as vendas, os feirantes retiram os valores referentes aos seus produtos diretamente na Ascores, sem outra taxa além da que é cobrada pela operadora do cartão.

A feira é promovida pelo Instituto Municipal do Turismo, mas o terminal usado para passar os cartões Visa é da Ascores, a associação dos comerciantes da Praça da Espanha, responsável pela animação dos lojistas da região, que trabalham para atrair também os turistas.

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Gerente de marketing da Ascores, Jô Maciel contou para a repórter Taiana Bubniak que mais de 50 comerciantes do entorno da Praça se mobilizam em torno de apresentações culturais, espetáculos musicais e até aula livre de yoga, para agitar o público que passa por ali.

Como surgiu a ideia de aceitar cartão na feira?

No ano passado, nós promovemos um evento de gastronomia, o Empório Soho, que teve muito sucesso. Naquele fim de semana, mais de 6 mil pessoas passaram por aqui e a Ascores disponibilizou uma maquineta de cartões fora dos estabelecimentos. Foi ali que surgiu a idéia de propiciar a compra com cartão também na Feira de Antiguidades. O consumidor pode comprar algumas peças mais caras sem ter de ficar com o dinheiro em espécie no bolso.

Qual é a estimativa de aumento no volume de vendas?

Não podemos precisar o quanto os feirantes vão vender a mais. Mas com certeza é mais um atrativo, porque a feira já é bastante frequentada. Com as iniciativas da Ascores, desde 2008, o movimento na região só aumentou. A gente consegue ver uma mudança de atitude, que provavelmente se repete no comércio. Em um feriado que cai em uma quarta-feira, por exemplo, não haveria ninguém na praça. Agora, vemos gente circulando por ali o dia todo, todos os dias.

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A idéia de criar um Soho em Curitiba está dando certo?

Algumas pessoas não gostam dessa denominação. Mas revitalizar a rua, dar a opção de compra fora dos shoppings e intensificar o faturamento das lojas é bom para todo mundo. Mesmo quem não é associado acaba se beneficiando das atividades que promovemos. Essa é a intenção do grupo, chamando a região de Batel Soho, na esteira de outras grandes metrópoles que têm um espaço da cidade, como este, destinado à vendas e ao conforto do consumidor.

Há novos planos para a Praça da Espanha? Quais são?

Nós queremos oferecer um grupo de chorinho aos sábados, para o público um pouco mais velho e também mais conservador. Estamos sempre com novas adesões de comerciantes e nossa intenção é criar um calendário fixo para as promoções, independente da diretoria da Ascores. Uma segunda edição do Empório Soho está planejada para acontecer entre meados de maio e o começo de junho, mas ainda estamos sem data definida.