A China, a Índia e a Rússia entraram em um processo de forte desaceleração, como aponta o índice de indicadores antecedentes de atividade econômica em outubro divulgado hoje pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em Paris. Até então, somente os países desenvolvidos apareciam com um nível mais forte de retração da economia.

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"O índice de indicadores antecedentes de outubro continua apontando para uma perspectiva mais fraca para todas as sete maiores economias do mundo, mas na comparação com o mês anterior o panorama se deteriorou significativamente nas principais economias que não fazem parte da OCDE", diz o relatório. "China, Índia e Rússia agora estão enfrentando forte desaceleração.

O maior impacto foi sentido pela Rússia, cujo índice ficou em 92 4, uma queda de quatro pontos em relação a setembro. No caso da China, o recuo foi de 1,7 ponto, para 93,4. A Índia perdeu 1,1 ponto, para 94,8. O cenário de forte desaceleração é configurado quando o país registra queda do indicador abaixo do número 100. Na comparação anual, esses países apresentam retrações ainda mais fortes - de 10,5 pontos na Rússia, 7 pontos na China e 6,6 pontos na Rússia.

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As economias dos países da OCDE registraram retração de 1 ponto em outubro, em relação ao mês anterior, para 95. A zona do euro teve queda de 0,9 ponto, para 95,3. O conjunto das sete maiores (Canadá, França, Japão, Alemanha, Itália, Reino Unido e EUA) marcou 94,8, baixa de 1,1 ponto.

Brasil

O Brasil é o país que aparece em melhor condição no índice de indicadores antecedentes de atividade econômica da OCDE em outubro, divulgado hoje. É o único país de todo o levantamento da OCDE a mostrar um índice de indicador antecedente acima de 100, classificado com declínio da atividade, e não com forte desaceleração como todos os outros países. O estudo abrange as 30 nações da OCDE, além dos BRICs.

Ainda assim, o Brasil registrou piora em outubro. O índice recuou 0,3 ponto em relação ao mês anterior, para 103,6. Isso significa que outubro respondeu por quase toda a queda registrada na comparação anual, que soma 0,4 ponto. Analistas acreditam que não há como o País escapar do expressivo freio registrado pela economia mundial. Um crescimento do PIB de 3% no próximo ano é visto como o melhor cenário, mas as projeções já avançam para números abaixo desse patamar.