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Construção civil teve alta de 4,6% na ocupação em 2012 | Roberto Custódio/ Gazeta do Povo
Construção civil teve alta de 4,6% na ocupação em 2012| Foto: Roberto Custódio/ Gazeta do Povo

Estagnado

A alta de 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB) per capita em 2012 sobre 2011 mostrou que o crescimento populacional do país (0,8%) foi muito próximo ao da economia brasileira (0,9%) no ano passado. Em 2012, cada brasileiro gerou um PIB per capita de R$ 22.402, ante R$ 21.254 em 2011, um avanço em valores absolutos de 5,4%. O desempenho de 2012 foi o pior desde 2009, ano de maior efeito da crise internacional e que levou o PIB per capita a uma queda de 1,3%.

Após o comportamento contido do desemprego em 2012, as expectativas para 2013 é que as taxas se mantenham estáveis e não caiam muito além do que se registrou no ano passado. Na avaliação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), os trabalhadores, no entanto, podem conquistar um novo aumento no rendimento real. "A questão do [aumento do] rendimento pode se repetir sim. Há uma demanda em alta do mercado de trabalho, e quando isso acontece, em geral, os trabalhadores conseguem barganhar salários mais altos", avaliou Carlos Henrique Corseuil, diretor-adjunto da Diretoria de Estudos Sociais do Ipea. O pesquisador ressaltou que o mercado de trabalho, pelo menos nas regiões metropolitanas cobertas pela Pesquisa Mensal de Emprego, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), continua com taxa de desemprego baixa e indicadores positivos. "Talvez isso se repita em 2013", observou ele. No entanto, é provável que não haja fôlego para um recuo abaixo do verificado no ano passado. Em dezembro de 2012, a taxa de desemprego ficou em 4,6%.

O economista apontou que a população ocupada manteve o crescimento no quarto trimestre de 2012, mas houve aumento de pessoas em busca de emprego, o que fez com que o ritmo de queda na taxa de desemprego diminuísse. "Há um movimento de elevação no quarto trimestre da taxa de atividade, pressionando a informalidade e a desocupação para cima", notou Corseuil. "No quarto trimestre, a taxa de atividade descola e começa a apresentar valores bem mais altos que em 2011", acrescentou. A taxa de atividade alcançou 57,8% em dezembro de 2012. No mesmo mês de 2011, a taxa tinha ficado em 56,7%. "Isso significa que havia mais gente disposta a entrar no mercado de trabalho em dezembro de 2012 que em dezembro de 2011", explicou.

Previdência SocialBrasileiro se aposenta mas segue trabalhando por mais sete anos

O estudo do Ipea afirma que os trabalhadores brasileiros estão começando a receber os benefícios da Previdência Social muito antes de perder a capacidade de trabalhar. Pelos cálculos dos pesquisadores Ana Amélia Camarano, Solange Kanso e Daniele Fernandes, em média, o homem que se aposenta por tempo de contribuição continua no mercado por mais 7,3 anos e as mulheres, por 5,4 anos. "Considerando que o aumento da esperança de vida tem sido acompanhado por melhora nas condições de saúde, e diante da preocupação com o envelhecimento ativo e a redução no futuro próximo da oferta de força de trabalho, seria importante criar políticas para manter o trabalhador na ativa o maior número de anos possível", diz o estudo. Atualmente, o brasileiro que atua no setor privado pode se aposentar após 35 anos de contribuição se for homem e 30 anos se for mulher. Também é possível receber o benefício por idade, ao atingir 65 anos (homens) e 60 (mulheres), além de uma contribuição mínima de 15 anos. A pesquisa também observa que, mesmo tendo expectativa de vida mais alta que as dos homens, as mulheres se aposentam mais cedo e, portanto, recebem os benefícios previdenciários por mais tempo.

Agência O Globo

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