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O dólar recuperou o patamar de 1,80 real nesta quarta-feira, anulando a queda do dia anterior após a agência de classificação de risco Fitch reduzir a nota da dívida de Portugal e alimentar a preocupação do mercado com a saúde fiscal de países europeus.

A moeda norte-americana subiu 1,29 por cento, para 1,802 real. É a maior alta percentual desde 4 de fevereiro e a maior cotação de fechamento desde o fim do mês passado.

Em março, a divisa agora tem variação negativa de apenas 0,28 por cento.

O dólar havia caído mais de 1 por cento na terça-feira, contrariando o comportamento do mercado global, por causa do aumento da oferta de moeda estrangeira no país.

"Hoje, como não tem esse fluxo e tem um monte de coisas ruins saindo, o dólar sobe", disse Mario Battistel, gerente de câmbio da Fair Corretora.

O operador de câmbio de um banco nacional, que preferiu não ser citado, fez comentário parecido: "o fluxo voltou ao normal, e lá fora ditou o ritmo".

Em relação a uma cesta com as principais moedas, o dólar tinha alta de 1,2 por cento no momento de fechamento do mercado no Brasil. O euro caía ao menor nível em 10 meses, com baixa de 1,2 por cento, para 1,3331 dólar.

Além do baque sofrido por Portugal, operadores comentaram que a situação fiscal da Grécia ainda não está resolvida. De acordo com diplomatas europeus, ainda não existe acordo sobre um possível pacote de ajuda ao país.

Internamente, o Banco Central atualizou em um dia os números do fluxo cambial referentes a março. Até o dia 19, a saída de dólares do país no mês superou a entrada em 2,345 bilhões de dólares.

No mesmo período, o BC incorporou 2,413 bilhões de dólares para as reservas internacionais por meio das compras efetuadas nos leilões diários.

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