Quase sem dinheiro em caixa, a OGX está atrasando pagamento de fornecedores. Segundo a reportagem apurou, a petroleira de Eike Batista está devendo para as empresas Schlumberger, Diamond, Pride e Chouest.
Essas empresas são grandes fornecedoras da indústria de petróleo, alugando sondas de perfuração, plataformas e navios de apoio, entre outros equipamentos. A falta de pagamento dos contratos pode acarretar em multas pesadas.
Não há informações sobre os montantes de pagamentos em atraso. A OGX não negou o atraso e informou que "está em contato com todos os seus fornecedores, com o intuito de honrar todos os compromissos firmados".
Uma fonte de um dos fornecedores informou que os atrasos ainda estão "dentro de uma margem de tolerância". Procurados, as empresas afetadas não deram entrevista.
A OGX terminou o segundo trimestre com apenas R$ 722 milhões em caixa. Para analistas do Deutsche Bank, os recursos são insuficientes para fazer investimentos e cumprir os compromissos da empresa com credores, fornecedores, funcionários. Nas contas do banco, a petroleira deve ficar sem caixa até o fim desse trimestre.
Os executivos de Eike contavam com uma injeção de recursos da Petronas, que tinha se comprometido a comprar 40% do campo de Turbarão Martelo. Mas a petroleira malasiana condicionou o negócio a renegociação da dívida de U$ 3,6 bilhões com os detentores de bônus da OGX. A reestruturação da dívida está em curso, mas as negociações são difíceis.
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