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A OGX está prestes a finalizar a compra de parte do bloco BM-S-29, localizado nas águas rasas da Bacia de Santos, e deverá perfurar no pré-sal desta área, segundo fontes do mercado. O processo de aquisição da área ainda está em processo na Agência Nacional do Petróleo (ANP) e corre sob sigilo.

A companhia - braço petrolífero do grupo de Eike Batista - já possui outros quatro blocos na região, adquiridas na 9ª Rodada de Licitações da ANP, em sua estréia em leilões em novembro do ano passado. A empresa não confirma qual é o bloco que está sendo negociado. Diz apenas em seu programa de investimentos que os 50% da área que estão sendo negociados possuem 400 quilômetros quadrados, mais do que o dobro dos 170 quilômetros quadrados em média de cada um dos outros campos da OGX na Bacia de Santos.

A área hoje pertence integralmente à Maersk, mas foi arrematada em parceria, de iguais proporções, entre a companhia dinamarquesa e a Shell. Em junho de 2008, a ANP aprovou a cessão de direitos da Shell para a Maersk, mas o valor não foi revelado O bloco recebeu na Quarta Rodada da ANP, em 2002, o maior lance entre todos os disputados no leilão R$ 15,1 milhões. À época, o executivo da Maersk, Peter Barnett, confirmou o apetite pela Bacia de Santos, região que ele já considerava "promissora". Segundo fontes do setor, a Maersk deve continuar como operadora.

A Maersk atua há 30 anos no Brasil como empresa de navegação, fornecedora de embarcações para a Petrobras e sondas de perfuração. Os negócios em exploração e produção já foram iniciados na Argélia, Casaquistão e Catar. No Brasil, além de operar o BM-S-29, a Maersk é operadora em outros quatro blocos na Bacia de Campos, sendo dois em parceria com a Petrobras e outros dois com a OGX. Na Bacia de Santos, possui mais dois blocos em parceria com a Petrobras BM-S-66 e BM-S-67, em que a estatal é operadora.

Já a OGX, assim que concluir a aquisição do BM-S-29, passa a contar com 22 áreas no país, sendo cinco em Santos, cinco no Espírito Santo, sete em Campos e cinco na Bacia de Pará-Maranhão A empresa deve começar a perfurar em Campos em setembro e tem em caixa pelo menos US$ 2,1 bilhões para arrematar novas áreas numa eventual 10a Rodada prevista para ocorrer em dezembro deste ano.

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