A Oi vai submeter ao seu conselho de administração, nesta quarta-feira (28), a proposta de aporte de até US$ 4 bilhões (R$ 15,4 bilhões) do fundo LetterOne (L1), que pertence ao bilionário russo Mikhail Fridman.
A Oi confirmou, em comunicado ao mercado, que o BTG, um dos acionistas da operadora e assessor financeiro da companhia, recebeu na sexta-feira (23) a oferta do fundo de fazer um aumento de capital na empresa de telecomunicações. Esse aporte está condicionado, contudo, à fusão entre Oi e TIM, controlada pela Telecom Itália (TI).
As conversas entre o fundo LetterOne e o BTG ocorrem há pelo menos quatro meses. “Se o aporte for aprovado pelo conselho da Oi, o BTG vai levar formalmente a proposta de uma fusão entre Oi e TIM para a Telecom Itália”, afirmou uma fonte com conhecimento no assunto.
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“Não houve ainda uma proposta oficial para a Telecom Itália, apenas conversas informais. Uma oferta para a TI vai ser formalizada em até 30 dias, caso o conselho da Oi aprove o aporte da L1”, disse a mesma fonte.
“O acordo prevê primeiro um aporte e depois troca de ações entre Oi e TIM. A LetterOne seria um dos principais acionistas dessa nova empresa.” Outros acionistas poderão fazer aportes, se não quiserem ser diluídos. No entanto, fontes afirmaram ao jornal O Estado de S. Paulo que os atuais acionistas, como BNDES e Pharol (que reúne antigos sócios da PT SGPS), não estariam interessados em fazer aumento de capital. O BNDES poderá se desfazer de suas ações no futuro.
Nesta segunda-feira (26), as ações da Oi encerraram o dia a R$ 3,50, com alta de 6,06%. Os papéis da TIM subiram 5,93%, a R$ 8,57%.
Ao mercado, a Oi informou que a proposta da LetterOne será analisada pela companhia em conjunto com os assessores legais e financeiros. A reportagem apurou que o conselho deverá aprovar o aporte. Em comunicado, a TIM informou que não está em “negociação em curso” com a Oi ou com o L1.
A aproximação entre o BTG e o bilionário russo ocorreu nos últimos meses, quando Fridman sinalizou estar aberto a fazer investimentos em teles na América Latina. O fundo L1 tem cerca de US$ 16 bilhões para investir em empresas de telecomunicação, tecnologia e óleo e gás pelo mundo.
Fridman é dono do Grupo Alfa, que controla um dos maiores bancos privados de investimento da Rússia.
Nascido na Ucrânia, em 1964, o empresário pertence a uma das famílias mais ricas da Rússia. Ele começou seus negócios na área de entretenimento na década de 80. Hoje, seu grupo é controlador de operadoras de telefonia como Turkcell, na Turquia, e também da VimpelCom, que tem participações em empresas de telecomunicação em países da Europa.
Consolidação
Com uma dívida bruta de R$ 51,3 bilhões, a consolidação da Oi é bem vista pelo mercado, que considera esse movimento positivo e prevê ganhos de sinergia entre Oi e TIM.
Para analistas do BNP Paribas, caso uma fusão seja feita, esses ganhos podem ficar entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões. Ao fazer fusão com todas as ações, o endividamento líquido da nova companhia ficaria em torno de 1,6 vez o Ebitda, diz o BNP Paribas.
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