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Com o fantasma de um calote rondando a Portugal Telecom (PT), os acionistas brasileiros da Oi decidiram fazer um pente fino nas contas da operadora portuguesa para evitar novas surpresas desagradáveis, como a recém-descoberta de um investimento de risco feito pela PT. Um time da área financeira da Oi, liderado pelo diretor da área, Bayard Gontijo, está em Portugal com esta missão.

A averiguação é importante porque as duas empresas caminham para uma fusão, que dará origem a CorpCo e deve ser concluída em outubro. Pelo cronograma inicial, uma união entre as áreas de tesouraria das duas empresas estava prevista só para meados de agosto. Mas, preocupados, os acionistas brasileiros decidiram antecipar o processo após a crise gerada pelo investimento de risco de 897 milhões de euros (cerca de R$ 2,7 bilhões) feito pela operadora portuguesa na Rioforte, holding em crise financeira do Grupo Espírito Santo (GES), que, por sua vez, é dono de 10,05% da PT.

No mercado, a tensão também é elevada. Em meio às incertezas, notícias de que o Espírito Santo International (ESI), dono da Rioforte, atrasou o pagamento dos juros de dívidas de curto prazo pressionou ainda mais as ações da Oi, que fecharam ontem na menor cotação em 15 anos. Os papéis preferenciais da operadora lideraram as quedas do índice Ibovespa, um tombo de 12,65%.

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