• Carregando...
Brasil nega a ocorrência de encefalopatia, e conta com apoio de organização internacional | Henry Milleo/ Gazeta do Povo
Brasil nega a ocorrência de encefalopatia, e conta com apoio de organização internacional| Foto: Henry Milleo/ Gazeta do Povo

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), Bernard Vallat, pediu a suspensão dos embargos à carne bovina do Brasil por parte dos países que levantaram barreiras depois da notificação de um caso atípico da vaca louca em dezembro. O diplomata argumentou que as medidas restritivas são injustificadas.

O Brasil espera que os importadores comecem a levantar os embargos antes da próxima reunião da OIE, que será em fevereiro, e cogita recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as restrições. O apelo de Vallat foi dirigido a dez países: Japão, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul, China e Taiwan, que adotaram embargo total; Jordânia e Líbano, que restringiram a carne do Paraná, onde houve o registro sanitário; Peru, que anunciou suspensão completa por três meses, e Chile, que restringiu apenas a compra de farinha de carne e de osso. A Arábia Saudita, porém, já voltou a comprar o gado vivo.

O Brasil nega ter registrado a doença da vaca louca e argumenta que notificou a presença apenas da proteína da encefalopatia, localizada em uma vaca de 13 anos que teve morte repentina, mas considerada natural para essa idade, que equivale a cerca de 85 anos para o ser humano. O caso ocorreu em 2010 em Sertanópolis (Norte do Paraná). O rebanho onde vivia a vaca teria sido sacrificado.

Os países que anunciaram embargo alegaram estar agindo em defesa da saúde dos consumidores. O Brasil e a OIE negam que o caso da vaca de Sertanópolis represente risco sanitário.

O diretor geral da OIE disse que os países têm o direito de adotar embargos provisórios como resposta de emergência a surtos de doenças que dependem de mais informações. Por outro lado, afirmou que não há razão para tais restrições neste caso. "Um caso em uma população de 200 milhões de cabeças de gado não justifica a mudança de classificação." A OIE mantém o Brasil com o melhor status sanitário possível em relação à doença: o de risco insignificante.

"De acordo com os padrões da OIE, eles devem acabar com o embargo assim que possível", disse Vallat. O Brasil teme deixar de exportar o equivalente a US$ 400 milhões em 2013 com os embargos dos dez países importadores de carne bovina.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]