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| Foto: Marcelo Elias/ Gazeta do Povo

O pré-sal pode representar uma oportunidade para pequenas e médias empresas paranaenses. O problema é que elas estão deixando escapar uma chance muito mais próxima e imediata: participar das obras da refinaria da Petrobras em Araucária. Na falta de fornecedores locais, os consórcios que tocam a ampliação da Repar têm recorrido a uma vasta gama de produtos e serviços de outros estados, conta Juarez Machado, diretor-executivo da Redepetro-PR – instituição que assessora empresários interessados em entrar para a cadeia do petróleo.

A solução encontrada pela rede para mobilizar o empresariado local foi instalar um "posto avançado" dentro de um contêiner, no estacionamento principal da refinaria. Informações também podem ser obtidas no site www.redepetropr.com.br.

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Nova direção

Comprada há pouco mais de uma semana pela paulista GRV Solutions, a Sascar já tem um novo presidente, o executivo Alexandre Nunes. Sócio da consultoria DealMaker, Nunes passou pela vice-presidência da Bematech no período que antecedeu o lançamento das ações da companhia na Bovespa. A DealMaker, contratada pela GRV para conduzir a aquisição, vai assessorar o processo de transição na gestão da companhia.

A Sascar tem sede em São José dos Pinhais e é especializada no rastreamento de veículos. Com a aquisição, a GRV espera agregar mais dados ao serviço de fornecimento de informações a bancos e seguradoras do ramo automotivo.

Fôlego

Setembro foi o melhor mês da história da operação curitibana da companhiade consultoria e comercializaçãode imóveis Lopes. Só nas duas últimas semanas foram 200 novos contratos. Sinal de que o mercado imobiliário não vai perder fôlego tão cedo.

Boneca sem-teto

Um brinquedo criado para ser politicamente correto está provocando mais polêmica do que aplausos nos Estados Unidos. Depois de lançar bonecas judias, indígenas e até alusivas à Grande Depressão, a Mattel apresentou Gwen Thompson, boneca loira e mal vestida que tem uma história de empobrecimento. O pai abandonou a família, a mãe foi morar no carro com a filha. Como tantos americanos da vida real afetados pela crise econômica, Gwen é uma sem-teto. O preço é que não combina: ela sai por US$ 95.

Adesão dos informais

Cerca de 2,2 mil trabalhadores informais do Paraná formalizaram sua situação e se tornaram empreendedores individuais desde setembro. Eles usaram o site www.portaldoempreendedor.com.br. Em todo país, cerca de 10 milhões de pessoas trabalham na informalidade. Desde julho, elas podem abrir empresa gratuitamente e garantir benefícios como auxílio-doença, salário-maternidade e aposentadoria.

Condomínios tecnológicos

As construtoras estão trocando o pebolim e a sinuca pelos videogames e as tevês de alta definição nas salas de jogos dos condomínios. A tendência aparece também na coleção 2010 dos empreendimentos residenciais da curitibana Hugo Peretti. Mas a transição será gradual, segundo o diretor Hugo Peretti Neto, para que os apreciadores de jogos tradicionais não se sintam desatendidos.

Novidades tecnológicas também aparecem nos elevadores que a londrinense Plaenge comprou da ThyssenKrupp para 13 obras. Para um dos condomínios, os elevadores terão um sistema de biometria digital que amplia a segurança. O Biotracking gerencia e monitora o uso, a partir de um dispositivo que bloqueia o movimento do elevador quando a digital do passageiro não é identificada pelo sistema.

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De bem com a crise

Em 15 anos de existência, a consultoria curitibana HSA Soluções nunca esteve tão bem. A demanda por seus serviços saltou 45% desde o fim de 2008, e a empresa administra hoje as maiores operações de sua história. Isso pode parecer estranho em meio à maior crise global em 80 anos, mas, na verdade, a recessão é a principal explicação para o bom desempenho – a HSA é a única consultoria do país que trabalha exclusivamente com reestruturação de dívidas. No momento, atende a 11 companhias que devem ao todo R$ 680 milhões, disse o sócio-presidente da HSA, Lazar Halfon (foto), em entrevista ao repórter Fernando Jasper. O processo de reestruturação costuma levar de seis meses a um ano e, segundo ele, em alguns casos pode reduzir em até 80% o valor do passivo – ou ao menos alongar bem o prazo de pagamento.

A economia tem dado sinais de recuperação. Isso diminui o volume de trabalho da HSA?

Na verdade, ainda há muita coisa a se resolver. As provisões do sistema bancário para créditos duvidosos dispararam de R$ 48 bilhões, no fim de 2008, para R$ 95 bilhões em agosto. Além disso, a capacidade de pagamento não melhorou. Conhecemos casos concretos disso. Uma empresa que, seis meses atrás, demoraria dez anos para pagar sua dívida, hoje vai demorar os mesmos dez anos, e não nove. Não é uma situação que se resolva rapidamente.

Além da crise, há algo mais que explique um aumento de 45% na demanda?

As fusões dos grandes bancos brasileiros. As empresas geralmente têm contas em vários bancos e, portanto, um limite de crédito em cada um. Depois da fusão, quem tinha limite de R$ 2 milhões no Itaú e de R$ 3 milhões no Unibanco ficou com apenas um deles.

Que setores estão com mais dificuldade para pagar suas dívidas?

No Paraná, o madeireiro é dos mais sensíveis. Já vinha mal antes da crise, e piorou. Mas, de forma geral, os setores exportadores têm sofrido mais, desde produtores de commodities a fabricantes de bens de consumo.

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