O principal investimento a ser feito para compensar as perdas por falta de conectividade entre as empresas é nas "cabeças" dos elos de ligação das cadeias produtivas. A dica é do professor Paulo Prado, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), um dos coordenadores da pesquisa sobre a cadeia de eletroeletrônicos. "Hoje se entende que as organizações competem em cadeia, e não individualmente. Se essa é a lógica, todas têm de pensar no fluxo todo da produção, e não no próprio lucro." O professor explica que alguns elos da cadeia produtiva adotam comportamentos oportunistas, que acabam prejudicando a cadeia como um todo. Na chamada linha branca (produção de fogões e geladeiras), por exemplo, as grandes redes de varejo costumam fazer seus pedidos às fábricas com 30 dias de antecedência. "Mas os fabricantes precisam de 180 dias para fazer o pedido de aço à Companhia Siderúrgica Nacional", exemplifica o professor. Dessa forma, qualquer oscilação na demanda pelos produtos nas lojas como aumento da taxa de juros ou queda do poder de compra da população prejudica o fabricante, que já fez o pedido de matéria-prima seis meses antes. Como os produtos correm o risco de ficar parados nos estoques, o varejo aproveita a situação para negociar preços mais baratos. "A fábrica sai prejudicada por conta de um comportamento oportunista em um dos elos da cadeia", afirma Prado. (FL)
- Baixo investimento em tecnologia gera perda empresarial de R$ 45 bi por ano
-
Projeto quer taxar redes sociais e plataformas de streaming para bancar filmes nacionais
-
Moraes derruba norma do CFM que proibia matar bebês de 5 a 9 meses de gestação
-
Oposição barra “jabuti” que poderia estender moratória de dívidas para outros estados além do RS
-
Sob governo Milei, Argentina obtém em abril superávit financeiro pelo quarto mês consecutivo
Corpus Christi é feriado apenas em algumas cidades; veja a lista
Com gestão acolhedora das equipes, JBA se consolida entre maiores imobiliárias da capital
Tragédia humanitária e econômica: chuvas derrubam atividade no RS e vão frear o PIB nacional
Governo eleva projeção para o PIB, mas não põe na conta os estragos no Rio Grande do Sul