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O período de inscrição dos candidatos para a eleição a presidência da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), marcada para o dia 3 de agosto, terminou ontem. Duas chapas apresentaram os nomes e documentos necessários para participar do pleito. O empresário Edson Cam­pagnolo, representante da indústria do vestuário do estado e atual vice-presidente da Fiep, é o candidato da situação com a chapa Fiep Independente. O outro candidato é o secretário de Estado licenciado de Indústria e Comércio, Ricardo Barros, com a chapa Nova Fiep.

Contudo, a eleição da entidade ainda pode sofrer uma reviravolta. O Sindicado da Indústria da Construção Civil do Noroeste do Paraná (Sinduscon/Nor) protocolou ainda ontem, na comissão administrativa da própria Fiep, os pedidos de impugnação das candidaturas de Edson Campagnolo à presidência e Carlos Walter e Rodrigo Rocha Loures aos cargos de vice-presidentes. Walter era candidato até a última quarta-feira, quando retirou o seu nome e apoiou Campagnolo. Loures é o atual presidente da Fiep.

De acordo com comunicado divulgado pelo candidato da oposição, Ricardo Barros, os pedidos de impugnação apontam três irregularidades na candidatura de Campagnolo: a não aprovação das contas do Sesi/Senai pelo Tribunal de Contas da União (TCU), campanha eleitoral antecipada e abuso de poder político e econômico. De acordo com os pedidos, as contas referentes aos anos de 2004 e 2006 do Sesi e do Senai, quando Campagnolo e Walter eram os respectivos coordenadores, estão em análise no TCU.

Campanha

O Sinduscon/Nor ainda alega que o atual presidente beneficiou Edson Cam­pagnolo de forma política e econômica "abusiva e ilegal". Se­­gundo o documento, a Fiep realizou campanhas publicitárias utilizando a imagem do empresário como se ele fosse o "único representante da entidade".

A Fiep alega que a aprovação das contas em análise no TCU segue uma dinâmica administrativa própria e não vinculada à eleição e que, à época, Campagnolo e Walter não atuavam como presidentes dos conselhos do Sesi e do Senai. Ainda segundo a entidade, Campagnolo não participou de campanhas publicitárias da Fiep, e as ações da federação têm diversos porta-vozes, que incluem os vice-presidentes. Segundo o estatuto, o presidente pode designar quais vice-presidentes devem representá-lo em eventos ou outros compromissos aos quais não pode comparecer.

O prazo para análise dos pedidos termina às 18 horas da próxima terça-feira. Durante este período podem ocorrer novos pedidos de impugnação de ambos os lados envolvidos no pleito, ou protocolados por um dos 99 sindicatos patronais filiados à entidade.

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