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A oposição vai pedir que o Tribunal de Contas da União (TCU) investigue denúncia de que a Petrobras lançou ao mar uma plataforma de exploração de petróleo que estava incompleta e inacabada. Líder do PSDB, o senador Aloysio Nunes Ferreira (SP) vai apresentar pedido para que o comando do Senado se dirija ao TCU pedindo a realização de auditoria na empresa.

Os tucanos também querem que o tribunal investigue a venda da mesma plataforma -a P-62- a uma subsidiária da Petrobras na Europa, numa operação que seria "fictícia" para incrementar as contas externas brasileiras. O objetivo da manobra seria contabilizar a operação nas exportações do país para "maquiar" os números, sem que isso na prática tenha ocorrido. "Evidentemente, a plataforma não saiu do Brasil, não saiu das águas territoriais do Brasil. Essa exportação para a subsidiária foi ficta, fictícia. Depois, foi importada pela Petrobras, sem, evidentemente, sair do lugar, uma mera operação de maquiagem das contas externas", afirmou o tucano.

Segundo Ferreira, se a operação de venda não fosse realizada no papel, a balança comercial teria déficit -porque as exportações de plataformas somaram US$ 8 bilhões. "Por isso estou pedindo que o Tribunal de Contas da União faça uma auditoria, para averiguar a procedência dessas denúncias e avaliar também o montante do prejuízo que elas causaram à empresa", afirmou.

A denúncia de que a plataforma P-62 foi lançada ao mar sem estar totalmente concluída foi revelada pelo Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense. Nunes disse que o governo federal compactuou com uma "farsa" ao aceitar lançar a plataforma com o objetivo de beneficiar a campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff. "Faltavam elementos essenciais para a operação dessa plataforma com segurança. Faltava sistema de amarração do lado esquerdo, a bombordo da plataforma, faltava o sistema elétrico, que não estava completo. E a plataforma foi lançada ao mar assim mesmo, porque a presidente não podia perder a ocasião de mais um evento de pré-campanha eleitoral ou de campanha eleitoral declarada", disse o tucano.

O senador afirmou que o incêndio ocorrido a bordo da plataforma comprova as "precariedades da sua instalação" -o que obrigou a empresa a concluir a sua construção em alto mar.

O tucano ainda vai apresentar convite na Comissão de Fiscalização e Controle do Senado para que dirigentes do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense falem sobre os episódios.

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