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O projeto de lei orçamentária para o ano de 2015 não contemplou duas pesquisas previstas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o próximo ano, a Contagem da População e o Censo Agropecuário. Segundo a presidente do órgão, Wasmália Bivar, os recursos eram necessários para iniciar a preparação das pesquisas, que iriam a campo em 2016. "Você não faz uma operação de guerra como essa sem ter um período de preparação e investimentos para a realização dessas atividades", disse Wasmália.

Segundo o IBGE, o orçamento solicitado junto ao Ministério do Planejamento para 2015 totalizava R$ 766 milhões. Deste valor, R$ 204 milhões seriam para o plano de trabalho corrente (que envolve as pesquisas conjunturais e estruturais) e R$ 562 milhões para as operações censitárias, estas agora cortadas do orçamento para o ano que vem.

A Contagem da População é realizada a cada década, sempre nos anos terminados em 5, intercalado com o Censo Populacional, realizado nos anos terminados em 0. Para seguir o modelo, a contagem deveria ir a campo no ano que vem, mas um contingenciamento de R$ 214 milhões no orçamento de 2014 impediu a preparação da pesquisa e a programação do instituto era realizar a parte preliminar em 2015.

Agora, com mais um adiamento, a contagem deve ficar, na melhor das hipóteses, para 2017, caso haja recursos previstos para a preparação em 2016. O mesmo vale para o Censo Agropecuário, que deveria ser realizado entre 2015 e 2016. Diante do corte, a coleta dos dados deve ser adiada para o mesmo período da contagem. "Nossa estratégia é adiar o Censo Agropecuário por um ano", disse Wasmália.

Questionada se as pesquisas estão asseguradas para 2017, a presidente do IBGE evitou se comprometer e reconheceu. "Essas perguntas são muito difíceis de serem respondidas. Em 2015, haverá um novo governo. Mesmo que o atual governo vença, é um novo governo. O IBGE terá de reapresentar seus projetos", disse Wasmália.

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