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O tradicional modelo de organograma empresarial, que se assemelha a uma pirâmide com o presidente da companhia no topo, está para ficar no passado das organizações. "Numa visão moderna, ele é mais parecido com um grupo de pessoas em volta de uma mesa de jantar", exemplifica o professor Harry Bury, especialista em comportamento organizacional.

Titular da universidade norte-americana Baldwin-Wallace (de Berea, Ohio), o professor está em Curitiba para lecionar no curso de MBA Semi-internacional Executivo em Management da UniFae. "O CEO não precisa estar lá em cima com a verdade absoluta. O sistema pode ser mais eqüalitário."

Esta mudança, para o professor, é apenas um dos resultados de uma mudança de quatro premissas fundamentais que, revistas, melhoram não apenas as organizações, mais a vida das pessoas e o mundo como um todo.

Verdade absoluta

Em primeiro lugar, segundo Bury, devemos abandonar a idéia de que é possível estabelecer uma verdade absoluta. "Temos que nos deslocar dessa noção de preto e branco, certo e errado", diz. "Tudo que temos é uma opinião, que tem um invés." Nas organizações, isso significa justamente essa mudança nos conceitos de hierarquia. "É preciso ouvir a todos."

Outra mudança importante, segundo o professor, está na visão de que as organizações são "problemas a serem revolvidos". Ao contrário, é preciso focar no que é certo. "Temos que ver o que é bom e aprimorar isso. E não buscar erros e culpados. É colocar um novo par de óculos."

A terceira falsa premissa é a de que somos isolados. "Vivemos em um só mundo e estamos todos ligados. A partir dessa mudança de visão, deixamos de competir para cooperar", diz. "Os únicos com quem competimos somos nós mesmos, para fazermos melhor do que antes."

A quarta e última mudança, na opinião de Bury, diz respeito às decisões de cada um. Na medida em que não há verdade absoluta, é preciso pensar que as pessoas, e portanto os funcionários, estão sempre fazendo o que lhes parece melhor.

"Pode ser que as conseqüências não sejam exatamente boas, mas ele [o funcionário] parte do princípio de que elas são. E se for esse o caso, é preciso educá-lo, e não puni-lo, o que é totalmente diferente."

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