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A câmera digital foi alçada recentemente ao posto de produto eletrônico indispensável. Junto do celular e do PC ligado à internet, ela forma o triunvirato da tecnologia doméstica atual. Sem eles, o cidadão pode ser considerado um excluído do mundo digital – posição que, no século 21, está cada vez mais próxima da verdadeira exclusão social. Mesmo com essa popularidade, e com fabricantes tradicionais de aparelhos fotográficos abandonando linhas de montagem de máquinas "com filme", é comum ver pessoas que não sabem ir além do bê-a-bá na hora de bater uma foto com uma câmera dessas nas mãos.

Trata-se de um desperdício. A maioria dos aparelhos oferece funcionalidades que, se ainda estão longe dos recursos de máquinas profissionais, são muito mais interessantes do que as integradas às velhas câmeras portáteis. Para decifrar um pouco dos segredos das câmeras digitais, o fotógrafo da Gazeta do Povo Antônio Costa – que alia um interesse absurdo por tecnologia ao conhecimento adquirido em três décadas de prática na fotografia jornalística – testou três modelos dos fabricantes que mais vendem câmeras digitais no país: a HP Photosmart M425, a Sony Cyber-Shot W70 e a Kodak EasyShare C360 (fabricada no Brasil). Como os modelos pertencem a faixas de mercado diferentes. custando R$ 800, R$ 1.700 e R$ 900, respectivamente, o objetivo do teste não foi compará-las e sim dar dicas e apresentar algumas de suas funções. Com a palavra, Antônio Costa:

"O recurso de redutor de olhos vermelhos requer um pouco de atenção na distância da pessoa a ser fotografada. O pré-flash, dispositivo que emite uma pequena sequência de luzes para que os olhos não fiquem vermelhos na hora da foto, tem cobertura de, no máximo, dois metros (mais do que isso, ele passa a ser ineficiente). Além disso, as câmeras dispõem de recursos de pré-edição da imagem que também minimizam o efeito do olho vermelho."

Outro engano muito comum é acreditar na função macro das máquinas não-profissionais: "Todas as câmeras compactas têm limite de distância de 5 a 15 centímetros do objeto a ser captado." "Com isso", explica Costa, "aquela florzinha ou aquele inseto podem ser pequenos demais para preencher uma imagem." A simulação de macro é obtida com as funções W (amplo) ou T (teleobjetiva).

Por fim, o mito do "zoom digital" é descontruído. "O zoom digital é um mito. Na verdade, ele é um recorte que a câmera faz na imagem para aproximar um objeto. Na hora de visualizar ou imprimir, o resultado dele pode ser uma grande decepção por causa da baixíssima resolução que proporciona." Confira abaixo mais alguns comentários feitos por Antônio Costa sobre os recursos incorporados às câmeras digitais e sobre os aparelhos testados.

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