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Os principais índices das bolsas da Europa tiveram forte alta ontem, impulsionados pelo otimismo diante da possibilidade de que funcionários da zona do euro tomem ações decisivas para resolver a prolongada crise da dívida na região. Os bancos estavam novamente entre os melhores desempenhos, enquanto traders continuavam a esperar ações para expandir a Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês) e recapitalizar os emprestadores mais fragilizados da região. As bolsas dos Estados Unidos e Brasil, no entanto, não subiram com o mesmo ímpeto dos mercados europeus.

Ontem, os parlamentos da Eslovênia e da Grécia aprovaram a extensão dos poderes do fundo de resgate europeu ao mesmo tempo em que os deputados gregos aprovaram um novo imposto sobre propriedade. Essas votações eram vistas no mercado como necessárias para evitar um calote da dívida da Grécia.

A Eslovênia foi o oitavo dos 17 países da zona do euro a ratificar os novos poderes do EFSF. Apesar de a situação estar progredindo lentamente, líderes europeus têm demonstrado determinação em evitar um calote grego, uma possibilidade que colocaria em risco outras economias fragilizadas da zona do euro, como Irlanda, Portugal e Espanha.

Apesar disso, a Alemanha jogou um pouco de água fria sobre a ideia de aumentar o poderes de fogo do EFSF. Segundo o ministro alemão das Finanças, a elevação do montante de 440 bilhões de euros colocaria em risco o rating AAA de alguns dos países que contribuem com o fundo.

O estrategista-chefe da gerenciadora de investimentos Brewin Dolphin, Mike Lenhoff, disse que aparentemente os líderes europeus estão percebendo a escala da resposta necessária à crise, após o encontro no fim de semana do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Washington. "De modo importante, eles estão recebendo um empurrão, não apenas de economias desenvolvidas como os EUA, mas também de emergentes como China e Brasil", disse Lenhoff.

O ministro da Fazenda brasileiro, Guido Mantega, disse ontem que não vê possibilidade de default da Grécia nesta semana. Ele afirmou que pôde constatar, durante a reunião do G20, na semana passada, que a Grécia tem cumprido todas as obrigações com o fundo europeu e o FMI e, enquanto a Grécia seguir assim, vai receber recursos para os vencimentos da dívida. "Olhei detalhadamente as contas da Grécia e me parecem sustentáveis", disse, em breve pronunciamento na portaria do Ministério da Fazenda.

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