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A suspeita de aftosa no gado paranaense apareceu em um momento em que os pecuaristas estavam otimistas com o mercado. O preço da arroba de boi gordo chegou a R$ 62 no início de 2004. A cotação começou a cair no ano passado e até o começo do segundo semestre de 2005 parecia não encontrar um piso. "Mas mercado virou neste semestre e a arroba chegou a R$ 56 nas últimas semanas", destaca Jucival de Sá, diretor da Sociedade Rural de Maringá. Na última semana, a comercialização de gado no Norte do Paraná parou e não há cotação. Onde houve negócios, o preço da arroba ficou próximo de R$ 52. "É um valor muito baixo porque o custo de produção é de R$ 50, em média", analisa.

Os preços menores refletem a paralisação em frigoríficos que ficam perto das áreas onde há suspeita da doença. As duas empresas que exportam carne paranaense simplesmente pararam de comprar animais. Outros que vendem para estados vizinhos reduziram o abate. Somente em Maringá, cerca de 10 mil cabeças de gado deixaram de ser abatidas. A suspeita de aftosa também causou um calafrio nos criadores de matrizes – animais concebidos com a ajuda da engenharia genética e que valem de R$ 200 mil a R$ 2 milhões. "Um foco de aftosa no Paraná vai impedir a saída desses animais para outros lugares. Eles vão ficar parados no pasto", diz o pecuarista de Maringá Antônio Primon. "O que ainda é melhor do que ficarem doentes." (GO)

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