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A Ouro Verde pretende investir R$ 1,8 bilhão até 2014 para ampliar sua atuação na área de terceirização de frotas e aluguel de máquinas e equipamentos. Depois de sair da área de transporte rodoviário no ano passado – após a fusão dessa divisão com a América Latina logística (ALL) – a empresa quer agora diversificar os segmentos em que atua, estuda a abertura de capital para 2013 e não descarta a aquisição de empresas menores no mercado.

"Hoje o segmento de terceirização de frota representa apenas 10% da frota registrada no país. Trata-se de uma grande oportunidade de expansão. Acreditamos que mais empresas, que hoje têm frota própria, vão migrar para o modelo de terceirização", diz Eduardo Saad, gerente comercial da área de veículos leves.

Do R$ 1,8 bilhão que será investido, R$ 450 milhões devem ser aplicados nesse ano. Cerca de 30% virão de capital próprio e a maior parte por meio de emissão de debêntures e financiamento bancário.

A meta é ampliar a frota de carros dos atuais 15 mil para entre 20 mil e 25 mil até 2014. A área de locação de equipamentos e serviços, que tem atualmente 3,4 mil unidades, entre caminhões, máquinas para construção civil, mineradora e movimentação de grãos, e equipamentos para intralogística (empilhadeiras, transpaleteiras, rebocadores, dentre outros) também será ampliada, mas o ritmo vai depender do fechamento de novos contratos.

Segundo Saad, a área de terceirização de frota, que começou como uma divisão pequena dentro do grupo, fundado nos anos 1970, representava, no ano passado, mais de 50% dos negócios da empresa.

Nesse segmento, a empresa concorre com rivais como Julio Simões, Total Fleet (Localiza) e Locamérica – essa última acaba de fazer sua estreia na BM&F Bovespa.

O plano da Ouro Verde, conta Saad, era abrir capital em 2008 e 2009, mas a estratégia foi adiada por causa do fraco desempenho do mercado de capitais após a crise econômica mundial. "Pensávamos que 2012 era uma boa opção, mas vamos esperar para o próximo ano. Não temos pressa. Não precisamos abrir capital para fazer caixa ou pagar dívida. É uma questão de estruturar a empresa para novas expansões", acrescenta.

Segundo Saad, a Ouro Verde também não descarta aquisições de empresas de menor porte para ganhar posições no mercado. "Recebemos muita oferta de empresas que querem ser compradas", afirma.

Em junho, a divisão de transporte da Ouro Verde e a ALL criaram a Ritmo Logística, com participação de 35% e 65%, respectivamente, de cada uma. A Ouro Verde passou, então, a se concentrar no aluguel de máquinas e terceirização de frota. "Mas hoje o faturamento da área de terceirização e locação já supera o que a companhia tinha quando atuava também na área de transporte", diz. O grupo projeta crescimento de 40% para 2012, quando deve atingir receita de R$ 500 milhões. Nessa conta não estão incluídas as participações na Ritmo e da coligada Martini Meat, que atua na área de armazenagem.

Segundo Saad, os maiores clientes da empresa são os setores de telecomunicações, laboratórios farmacêuticos, construtoras e o agronegócio (etanol). "O nosso objetivo é desconcentrar a carteira de clientes. Hoje metade da nossa frota de carros terceirizada atua no segmento de telecomunicações", diz.

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