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O joalheiro Rodrigo Bittencourt Alarcón converteu sua barraca na Feira do Largo da Ordem em uma joalheria reconhe­cida no exterior | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
O joalheiro Rodrigo Bittencourt Alarcón converteu sua barraca na Feira do Largo da Ordem em uma joalheria reconhe­cida no exterior| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Você ouve seu cliente? Percebeu se ele se sofisticou nos últimos anos? Notou se ele está satisfeito ou esperando algo mais do seu negócio? Ao questionar a si mesmo, o empresário torna um hábito perguntar e escutar seus consumidores, o que pode alavancar a empresa, ampliando o conceito e o perfil do empreendimento.

Foi dessa maneira que o joalheiro Rodrigo Bittencourt Alarcón converteu sua barraca na Feira do Largo da Ordem, no Centro de Curitiba, em uma joalheria reconhecida internacionalmente. A mudança não seria possível se ele não trouxesse características únicas ao produto e ao atendimento, mas foi a percepção de que sua clientela queria algo mais que o levou mais longe.

Alarcón ficou oito anos na feira e hoje sua loja já tem dez anos. "Minhas peças se diferenciaram na feira e isso foi atraindo um público mais sofisticado e mais exigente. Meus produtos começaram a ficar deslocados ali, porque eram joias valiosas e as pessoas não tinham segurança em observar as peças. Foi conversando com meus clientes que vi que era necessário abrir uma loja, com um atendimento especializado a eles", conta o empresário da Joalheria Rodrigo Alarcón.

Na sua joalheria, ao contrário das demais, os consumidores ficam à vontade para observar e experimentar suas joias. "É preciso sensibilidade e humildade para ouvir os clientes, além de capacidade para avaliar aquilo o que é mais importante para a empresa", recomenda.

O livro Caminhos Seguros para o Empreendedor, escrito por Dirceu Martins Pio e Pedro Cascaes Filho, recomenda que o empresário pense sempre na adequação do produto ao público-alvo. "Muitos negócios vão à ruína e são triturados pela concorrência porque o público-alvo sofisticou-se e o pequeno empresário não soube acompanhá-lo nessa evolução. Ouça o cliente na hora de iniciar um processo de sofisticação do produto ou do ambiente onde sua empresa está instalada, pois aquilo que é sofisticado para você pode não ser para o seu cliente", ressalta a publicação.

Muitas vezes, porém, o empresário não consegue estar próximo ao cliente. Para compensar, pode formar, em sua equipe de colaboradores, uma maior "sensibilidade auditiva". "A equipe de vendas, por exemplo, pode medir o que os consumidores querem. As mudanças hoje não são mais por necessidade, mas por motivação, em trazer algo novo para o cliente. Perceber o que a empresa pode oferecer de melhor para o cliente pode ser encontradas em um simples bate-papo", salienta o consultor do Sebrae-PR Osmar Dalquano.

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