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Sting: sem dom para as rimas | Arquivo Gazeta do Povo
Sting: sem dom para as rimas| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

Rio de Janeiro – A Sony Ericsson é uma das fabricantes que mais vendem celulares no mundo. É dona, assim, de um portfólio que reúne o melhor dos mundos e, como todas as outras, de vez em quando também pisa na bola. Pois o lançamento do P1i, smartphone UMTS da marca, que está chegando ao mercado brasileiro, é um exemplo do que pode ser melhorado, em termos de interface e principalmente de ergonomia. Pode parecer implicância, mas a questão é que o aparelho não é dos mais simples, muito menos dos melhores que a marca nipo-sueca – que tem tradição na fabricação de bons produtos – lançou ultimamente.

Testamos uma unidade de P1 e, a seguir, vamos tentar enumerar os pontos fracos e os acertos do equipamento, que é touchscreen e foi desenvolvido para os fãs das telas sensíveis ao toque, que não são poucos. O primeiro erro, que muitos fabricantes têm cometido em nome de uma boa relação com as operadoras, é não permitir o uso do equipamento em modo off-line, ou seja, sem o SIMcard (o famoso "chip") não se chega a lugar algum. A opção complica quando o usuário decide usar o aparelho apenas como MP3 player, ponto forte da Sony Ericsson.

Do lado esquerdo do aparelho, na parte superior, fica o botão que funciona como ESC (e também "Voltar") e serve ainda para bloqueio das teclas. Logo acima, podemos encontrar o trackball. Aqui, um parêntese: a traquitana é em formato de rodinha, tal qual a RIM costumava usar nos seus BlackBerry e abandonou recentemente. Ou seja, a Sony Ericsson podia ter optado por um trackball menos mecânico, que pode vir a dar defeito.

Para canhotos

Outro ponto que nos incomodou – mas pode ser uma questão de hábito – é a posição do trackball, no lado esquerdo do aparelho, o que dificulta o acesso durante o manuseio constante do equipamento. Os canhotos, no entanto, devem adorar.

Foi no software, no entanto, que concentramos um esforço maior. O modelo roda sistema operacional Symbian OS v9.1, o que lhe garante uma interface simples. Mesmo assim, às vezes, o acesso a alguns aplicativos fica um tanto quanto lento, mas isso pode ser um defeitinho da unidade que recebemos para teste. Ah, sim: testamos em versão português de Portugal.

Para escrever mensagens, pode-se usar a canetinha stylus e combiná-la com o teclado virtual. No geral, o aparelho é muito simples de lidar e muito complexo nos quesitos conectividade (tem bluetooth, infravermelho e wi-fi). A navegação na internet também é tranqüila – ele usa browser HTML (Opera) e ainda tem leitor de RSS para atualizações automáticas. Para configuração do acesso à internet sugerimos uma visita ao site da Sony Ericsson, que traz tudo de bandeja.

Uma função muito interessante é a possibilidade de digitalizar cartões de visita. Além disso, o aparelho permite edição de arquivos QuickOffice – Word, Excel e PowerPoint –, o que é ótimo. As funções de mensagem também estão todas lá – o P1i manda SMS, MMS, tem Exchange ActiveSync para e-mails corporativos e ainda permite conversa em tempo real através de instant messengers.

Excelente MP3

A câmera digital integrada do P1i é de 3,15 megapixels com autofoco. O modelo traz uma câmera VGA auxiliar frontal para videoconferência (no Brasil as redes ainda não permitem a função). Há ainda gravador de voz, rádio FM e player de música que toca MP3 e AAC. Para armazenar os arquivos, o aparelho aceita Memory Stick Micro (M2) e traz um cartão de 512 MB incluído.

No rescaldo final, pode-se dizer que o P1i tem alguns acertos e muitos erros, como a maior parte dos smartphones. Infelizmente, a Sony Ericsson não caprichou tanto na ergonomia. Mas há detalhes que podem incomodar. No geral, ele é um excelente organizador e armazenador de arquivos pessoais, feito para quem gosta de modelos touchscreen.

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