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Zuck, na demonstração da sua estratégia para dispositivos móveis: site tem 200 milhões de usuários do gênero | Norbert von der Groeben/Reuters
Zuck, na demonstração da sua estratégia para dispositivos móveis: site tem 200 milhões de usuários do gênero| Foto: Norbert von der Groeben/Reuters

Nos últimos meses, boatos esquisitos andaram rondando o mundo da tecnologia. Eles da­­vam conta que o Facebook, do­­no da maior rede social do planeta, estaria prestes a entrar no mercado de smartphones. Por isso o anúncio que empresa ha­­via programado para a última quarta-feira, transmitido ao vi­­vo pelo próprio site, chamou tan­­ta atenção. Esse, entretanto, foi o primeiro tema da apresentação feita pelo fundador da em­­presa, Mark Zuckerberg. "Houve um rumor sobre o Facebook es­­tar fazendo um celular. Não", explicitou.Não que não fizesse sentido. Em um ano, o número de pessoas que acessam o Facebook via smartphones triplicou, chegando a 200 milhões – mais do que toda a população brasileira, que, segundo o Censo 2010, é de 185,7 milhões de pessoas. Mas o foco da empresa, conforme disse Zu­­ckerberg, é software.O tema do anúncio, portanto, seria esse.

Aproveitando o crescimento, o Facebook lançou um serviço que permite às empresas oferecer descontos às pessoas que aces­­sam o aplicativo Facebook Places via smartphones. Com o serviço, quem utilizar esse programa, que permite localizar usuários, poderá ser presenteado com cupons promocionais. Por enquanto, o serviço está disponível só nos Estados Unidos, mas a previsão é que nos próximos meses comece a expansão internacional.

Várias redes já estão preparando adesão ao programa. A Gap, por exemplo, lançará uma oferta na qual as 10 mil primeiras pessoas que forem às suas lojas ganharão calças jeans. Já o McDonald"s e o Starbucks doarão US$ 1 a instituições de caridade a cada cupom utilizado. "O Places foi lançado para permitir que você compartilhe com os amigos sua localização e veja quem está por perto. Com o novo programa, será possível ver as lojas que oferecem ofertas e es­­tão próximas à sua localização’’, disse Jon Fougner, diretor de marketing do Facebook.

Não foi só isso. A questão da localização é um dos itens da nova estratégia móvel da empresa. Trata-se de um tripé, que in­­clui um login comum para vários sites (inclusive de compras), aplicativos georreferenciados e as plataformas de ofertas. O login comum é importante: se "pegar", pode tornar as compras via facebook tão simples quanto o download de programas pela App Sto­­re da Apple. Basta dar dois cliques e a compra está feita.

Para desenvolvedores

Os anúncios da quarta-feira fo­­ram mais para desenvolvedores do que para usuários, o que fez com que os discursos de Zuck, seus executivos e parceiros fossem recebidos com algum descaso pela imprensa especializada. As mudanças foram percebidas como uma forma de se aproximar de algo que ou­­tras redes já vêm fazendo. O Foursquare, por exemplo, per­­mite que você localize ami­­gos nas proximidades de onde você está e compartilhe informações sobre lugares visitados ("check-ins"). Da mes­­ma forma, sites como o Yelp dão ao usuário uma plataforma para fazer avaliações de empresas e serviços, de pet shops a restaurantes, de detetives particulares a hotéis. São serviços acessíveis e cada vez mais populares nos Es­­tados Unidos, mas que estão engatinhando por aqui.

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