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O saldo negativo nas transações do país com o exterior foi de US$ 6,2 bilhões em março, informou nesta sexta-feira (25) o Banco Central.

Com o resultado, o país acumula, no ano, rombo nas transações correntes de US$ 25,2 bilhões. Nos últimos 12 meses, o saldo negativo está em US$ 81,6 bilhões, o que representa 3,64% do PIB (Produto Interno Bruto).

O resultado leva em conta os resultados da balança comercial (diferença entre exportações e importações), prestação de serviços, remessas de lucros e outras operações que implicam em entrada e saída de capitais do país.

Para o ano, a previsão é de conta negativa em US$ 80 bilhões.

Olhando para os 12 meses terminados em fevereiro, quando o resultado foi negativo em US$ 82,126 bilhões, o deficit recuou levemente.

Na comparação de três meses acumulados, o resultado também melhorou ligeiramente, pois de janeiro a março de 2013 era de US$ 31,142 bilhões.

Os gastos de brasileiros em viagens ao exterior em março foi de US$ 1,8 bilhão, um leve recuo em relação a março do ano passado. Os turistas estrangeiros deixaram no Brasil US$ 535 milhões, de acordo com o BC.

Investimentos diretos

Os investimentos estrangeiros diretos ficaram em US$ 4,995 bilhões em março, insuficientes para cobrir o deficit do mês. O resultado foi acima do esperado pela autoridade monetária, que estimava um ingresso de US$ 3,2 bilhões de investimento produtivo.

Em relação a março de 2013, quando foi de US$ 5,739 bilhões, o fluxo de IED caiu. Mas os ingressos aumentaram na comparação com os primeiros três meses do ano passado (US$ 13,256 bilhões).

No acumulado de três meses, o ingresso líquido desse tipo de capital somou US$ 14,171 bilhões, o que também não foi suficiente para cobrir todo o rombo do país em transações correntes com o exterior.

Para o ano, a estimativa de IED é de US$ 63 bilhões, o que também não financiaria os US$ 80 bilhões de deficit em conta corrente estimados pela autoridade monetária.

Além do valor destinado à participação no capital de empresas no Brasil, também são classificados como investimentos diretos os empréstimos concedidos por matrizes de empresas multinacionais às suas filiais no país e vice-versa.

Essa parte do IED, que são os empréstimos intercompanhias, respondeu por ingressos líquidos de US$ 1,360 bilhão em março (ante US$ 3,024 bilhão no mesmo mês de 2013) e de US$ 3,740 bilhões desde o início do ano, segundo o BC.

O investimento direto propriamente dito (participação no capital), portanto, foi de US$ 3,635 bilhões no mês e de US$ 10,431 bilhões no acumulado do ano.

A deterioração do resultado das contas externas do país foi impulsionada também pelo deficit comercial, que teve em março o pior resultado para o mês em 13 anos. O Brasil importou mais do que exportou US$ 6,1 bilhões em março.

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