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O aumento de 75% na renúncia fiscal nos primeiros sete meses de 2013 ante igual período de 2012, de R$ 24,967 bilhões para R$ 43,7 bilhões, e a alta de 124,46% em julho sobre julho do ano passado – após as desonerações pontuais do governo – serviram apenas para aliviar prejuízos e aumentar margens das companhias, beneficiar setores ineficientes e ainda segurar artificialmente a inflação, segundo a avaliação de especialistas. Para eles, o esperado crescimento da economia e o retorno dos investimentos ainda não vieram e não virão neste ano.

Segundo Raul Velloso, especialista em contas públicas e ex-secretário de Assuntos Econômicos do Ministério do Planejamento, o investimento de uma companhia não depende de ações pontuais, como as desonerações, mas de um planejamento de longo prazo. "A desoneração serve apenas para aliviar o caixa. O que incentiva investimento é um cenário positivo, mas hoje o quadro é ruim para investimentos, com o país imerso em uma crise de confiança, por conta das incertezas vindas do governo", completou.

O economista Cláudio Adilson Gonçalez, da MCM Consultores Associados considera as desonerações "casuísticas e temporárias", feitas apenas para segurar a inflação, ainda assim um método considerado equivocado por ele.

Para Gonçalez, as desonerações dariam certo e trariam aumento no investimento se fossem "de forma generalizada, horizontal e entendida de forma estrutural" e não pontuais e passageiras. "Como as medidas têm prazo para vencimento, quando o fim das desonerações se aproxima, as vendas disparam e os estoques são desovados", afirmou, citando como exemplo a desoneração do IPI sobre os veículos, iniciada em maio de 2012.

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