A agenda de reformas iniciada a partir da crise financeira global está perdendo impulso, advertiu o membro do conselho executivo do Banco Central Europeu (BCE), Jörg Asmussen. "A agenda de reforma global perdeu impulso, uma vez que o senso de urgência imposto pela crise desapareceu", afirmou em texto preparado para uma cerimônia realizada na cidade de Kiel, ao norte da Alemanha.
"Os progressos relacionados à agenda de reformas globais financeiras, por exemplo, desaceleraram em vários aspectos. Isso provocou frustração e levou a iniciativas regulatórias unilaterais em países específicos", afirmou, advertindo contra a arbitrariedade regulatória, quando as empresas buscam economias com regimes regulatórios mais fracos.
Muitos peritos e autoridades têm defendido que o desenvolvimento de um sistema com regras financeiras unificadas pode ajudar a evitar outra crise financeira do tipo que levou a economia global em espiral de queda em 2008.
Asmussen destacou a importância do G-20 como um fórum primário de cooperação internacional, em nível global, mas expressou preocupação com a possibilidade de sua "eficiência estar sendo, agora, questionada".
"Apesar de suas limitações, o G-20 continua sendo essencial para a cooperação econômica global, já que não há alternativa óbvia a ele. Recorrer somente ao G-7 ou a G-8 não é uma opção", disse.
Sobre a Europa, Asmussen pediu que os países da zona do euro mantenham as reformas estruturais. Segundo ele, um modo de dar impulso a elas poderia ser "a oferta de uma assistência financeira temporária para aliviar os custos de curto prazo das reformas, em troca de um acordo contratual para concluí-los". Fonte: Dow Jones Newswire.
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