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Passageiros no Afonso Pena: viajantes do país querem aplicativo para acompanhar status da mala. | Brunno Covello/Gazeta do Povo
Passageiros no Afonso Pena: viajantes do país querem aplicativo para acompanhar status da mala.| Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo

Viajar de avião é uma atividade que desperta emoções positivas em todas as etapas – da compra ao check-in, do embarque ao voo. Apenas uma fase traz desapontamento: a da restituição da bagagem. Metade dos passageiros brasileiros (53%), de acordo com pesquisa da empresa de tecnologia aeroportuária Sita, se sente frustrada nesse momento da viagem, o que torna a espera pela mala o único período em que há mais insatisfação que alegria. O índice é mais alto que a média mundial, de 31% de aborrecimento.

O levantamento, cujos dados referentes ao Brasil serão divulgados neste mês, foi feito em 2015 em aeroportos nos cinco continentes que representam 76% do tráfego mundial. Para o diretor de Vendas da Sita no Brasil, Elbson Quadros, tempo de espera e falta de informação são os principais fatores do dissabor no País.

“A curva de queda no extravio de malas no Brasil tem seguido a média mundial, por isso nossa análise é de que esse não é o maior problema”, afirma. “A questão é que as pessoas ficam ansiosas quando não têm informação. Se elas descessem do avião e recebessem no celular a informação de que a sua bagagem chegou à esteira, uma parte muito grande do estresse seria eliminada”, avalia.

Serviço

A pesquisa mostra que 72% dos viajantes do país gostariam que fosse desenvolvido, pelas companhias aéreas, um serviço para celular de acompanhamento em tempo real do status da mala. A demanda é maior que a da média mundial, de 63%.

“No Brasil, quando se oferece uma tecnologia no aeroporto, muito rapidamente os passageiros a adotam. Nós somos bem mais arrojados que outros países, o que nos prende é a indisponibilidade de novos recursos”, diz Quadros.

O diretor da Sita afirma que, juntamente com a segurança, o investimento em tecnologias voltadas para acelerar a entrega de bagagens e informar os passageiros é o mais urgente hoje. “Aeroportos e companhias aéreas não podem deixar de dar atenção a essa área.”

Apenas 5% das companhias no mundo têm serviços de atualização de malas via smartphone. Até 2017, 66% pretendem oferecer essa opção. No Brasil, das companhias consultadas pela reportagem, apenas a TAM afirmou ter planos de começar a oferecer o serviço aos clientes em breve. Segundo a empresa, até o fim do ano, alguns aeroportos terão um sistema de rastreamento em tempo real.

Azul e Avianca não especificou se têm planos nesse sentido. A Gol, por sua vez, explicou que tem sistema de acompanhamento de status de bagagem, mas somente quando é extraviada.

Mala quebrada

Danos e avarias em bagagens também contribuem para a insatisfação dos brasileiros com a restituição da mala. “O que me incomoda muito é isso aqui”, diz a propagandista de remédios Ivi Bastos Reis, apontando para as alças quebradas de duas de suas malas. “Acabamos não reclamando, mas deveríamos ter reclamado porque a responsabilidade é da companhia aérea.”

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