Para entender o Windows 7

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Londres - Os fãs de novidades estão baixando vorazmente a versão beta do Windows 7, o próximo sistema operacional da Microsoft. A empresa sem dúvida espera consertar a reputação do Windows, prejudicada por uma infinidade de experiências ruins com o Vista, e pelo firme crescimento da fatia da Apple no mercado. Os primeiros relatos foram positivos, embora haja reclamações.

A maioria dos usuários que já pôs as mãos no novo sistema concorda que o 7 é mais consistente, bonito e menos irritante do que seu antecessor. Ele é bastante semelhante na parte interna, o que significa que a maioria dos programas compatíveis com o Vista continuarão a funcionar depois de um upgrade. As diferenças estão no modo de fazer algumas coisas.

Há mudanças significativas na área de trabalho e na barra de tarefas, a faixa de ícones que percorre praticamente toda a parte de baixo da tela. A barra foi introduzida no Windows 95, e se manteve praticamente igual desde então. Mas o Windows 7 mudou essa regra. A barra agora é maior e os seus ícones podem ser atalhos para abrir aplicações ou servir para mostrar o que está sendo executado. Nisso ela se assemelha ao Dock do OS X da Apple, embora o resultado do esforço da Microsoft não tenha ficado tão bonito. Só vão para a barra das aplicações escolhidas pelo usuário, e uma sutil diferença no sombreamento mostra quais delas estão em execução.

Clicar em um ícone tem resultados diferentes, dependendo do contexto: ele pode ativar uma janela ou lançar uma aplicação, pode chamar um preview ou ainda levantar um menu de opções. Parece confuso, mas na prática a operação é bastante intuitiva. E se você passar o mouse sobre um preview, outras aplicações se tornam temporariamente transparentes – o que pode ser meio estranho, especialmente se você não clicar em nada e apenas observar a janela apagar-se.

Há mais alguns truques. Às vezes você pode executar uma função a partir de um preview ou de uma lista. Isso ocorre se for uma tarefa simples, como tocar ou pausar ou música no media player. O Windows 7 também tem bibliotecas que permitem ao usuário juntar arquivos diversos e enxergá-los juntos – cada uma delas tem uma função que determina para onde o arquivo deve ir quando for salvo. É uma funcionalidade poderosa, mas pode tornar a navegação pelos arquivos confusa. É o caso de dois arquivos localizados em pastas diferentes, mas com o mesmo nome. Em algumas situações, não vai haver como distinguir um do outro.

O sistema tem boa qualidade e, embora a Microsoft não queira comprometer-se com datas, há indicações de que a companhia pretende completar o programa no verão do hemisfério Norte e lançar uma versão comercial entre setembro e dezembro. A relutância da empresa deve estar ligada ao medo de refrear ainda mais as vendas do Vista. Os dois programas, aliás, não são radicalmente diferentes, e o Vista hoje é bem mais maduro do que era na sua primeira versão. O hardware necessário é quase o mesmo – uma máquina comprada agora, com o Vista, deverá funcionar perfeitamente com o 7; aplicações e drivers também serão compatíveis.

Por outro lado, usuários que não abriram mão do XP encontrarão os mesmos problemas de compatibilidade que teriam com o Vista. Isso não chega a surpreender, já que o XP vá tem sete anos de idade – uma eternidade, no mundo da tecnologia. O Windows 7 pode ser o sistema capaz de persuadi-los ao upgrade.

Use um PC reserva

O download do Beta 1 do Windows 7 está disponível ao público, no endereço http://www.microsoft.com/windows/windows-7. Qualquer um pode baixar o programa, e o limite que 2,5 milhões de cópias, que chegou a ser anunciado, foi levantado pelo menos até o dia 24. Mas é melhor se precaver: versões beta não têm suporte, e esta tem validade garantida apenas até 1º de agosto – até lá uma nova versão de testes ou o release final deve estar disponível. Normalmente é possível fazer o upgrade a partir do beta.

A ideia do beta é que ele seja testado em uma máquina reserva, não para trabalho de verdade. Técnicos entusiastas podem instalar um segundo HD ou uma nova partição no seu PC, e escolher no início da sessão qual Windows será usado.

Tradução: Franco Iacomini