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Bancos

Projeção para o PIB volta a ser positiva

Folhapress

São Paulo - Os bancos brasileiros preveem, pela primeira vez desde maio deste ano, uma variação positiva no Produto Interno Bruto (PIB) de 2009, de 0,02%, segundo pesquisa da Fe­­de­­ração Brasileira dos Bancos (Febraban), divulgada ontem. A previsão anterior (feita em julho) era de 0,1%. Para 2010, as projeções também registraram melhora, passando de um crescimento previsto de 3,7% em julho para 3,98% na pesquisa de setembro.

"Os indicadores vêm melhorando. Eu acho que a gente tem aqui dados que apontam uma melhoria moderada no cenário", afirmou o economista-chefe da Febraban, Rubens Sardenberg.

No geral, todos os indicadores tiveram melhora na pesquisa de setembro, em relação ao levantamento de julho, incluindo um aumento da estimativa para o saldo anual da balança comercial de US$ 21,5 bilhões para US$ 24,2 bilhões e, ainda, um elevação nas previsões de investimentos estrangeiros diretos, de US$ 24,5 bilhões para US$ 25,1 bilhões.

Para a taxa de câmbio, os bancos também melhoraram suas estimativas para 2009 e 2010 para R$ 1,83 e R$ 1,85, respectivamente.

Brasília - Em discurso na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a crise econômica está "vencida" no Brasil e que o país a deixa de forma "gloriosa". Ele cobrou investimentos dos empresários e, dos bancos, a redução do spread – a diferença entre a taxa de captação de recursos e a repassada aos clientes. O presidente ponderou, no entanto, sobre a incerteza da retomada do ritmo do comércio internacional, o que, na prática, segura as exportações do país.

"Agora é hora de a gente fazer investimentos. Quem parou por conta da crise comece agora a fazer os investimentos. Nós não temos por que parar, gente", cobrou o presidente. A fala ocorreu depois de Lula ter ouvido uma bateria de elogios de representantes do chamado "Conselhão" sobre a atuação do governo durante o auge da crise internacional. Entre outros, falaram representantes da indústria, do comércio, da academia e das centrais sindicais. Os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e da Casa Civil, Dilma Rousseff, além do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, também estavam presentes à reunião.

Investimentos

Meirelles também pediu aos empresários para se anteciparem à recuperação da economia e começar a fazer novos investimentos ainda neste ano. Caso isso não ocorra, disse, há risco de a indústria brasileira não atender ao aumento da demanda dos consumidores no período pós-crise, o que geraria pressões inflacionárias.

Elogiado pelos empresários por ter atuado de forma correta durante o pior momento da crise, o presidente do BC afirmou que agora está na hora de os empresários agirem "rapidamente e na hora certa". "É importante que não olhemos apenas para os próximos meses, apenas para 2010, quando nós temos capacidade não utilizada para crescer na indústria. Está na hora de o setor privado olhar para a frente e antecipar investimentos", afirmou.

Já Mantega direcionou novamente a cobrança aos bancos privados. Segundo ele, mesmo com a liberação de quase R$ 100 bilhões em depósitos compulsórios para aumentar o dinheiro disponível para crédito, apenas uma parte dos recursos foi direcionada para empréstimos nessas instituições. "Infelizmente, nem todos os recursos foram alocados na economia. Uma boa parte foi aplicada em títulos públicos." Ele disse que, apesar de o Brasil ter "saído da crise com a cabeça erguida", há vários problemas que ainda precisam ser enfrentados, como reduzir os custos financeiro, tributário e de infraestrutura.

Os representantes da indústria brasileira que fazem parte do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social elogiaram as decisões tomadas pelo governo nos últimos 12 meses. Mas cobraram medidas definitivas de desoneração e incentivos ao setor para que haja novos investimentos.

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