O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou neste domingo (19) que o Brasil deve se apoiar no mercado interno para garantir a continuidade do crescimento, mesmo com o cenário de crise internacional. Segundo Lula, ainda não existe qualquer sintoma de desaquecimento no Brasil. Ele acrescentou que o governo está acompanhando de perto eventuais impactos da crise sobre os países emergentes, como Índia, China e Brasil.
Mesmo diante das críticas de que o melhor remédio para a crise seria a redução dos gastos do governo, o presidente sinalizou em direção oposta. "Para enfrentar a crise de crédito, vamos fortalecer o mercado interno. Gerar mais renda e emprego", declarou diante da platéia que participou do comício de Luiz Marinho (PT), candidato à Prefeitura de São Bernardo. "Vocês não devem se endividar mais do que podem, mas também não devem deixar de comprar o que for necessário".
Segundo Lula, o País está em condições muito mais favoráveis do que quando enfrentou outras crises internacionais, como a asiática, a mexicana e a russa. "Acumulamos reservas quando todo mundo dizia que o governo deveria gastar." Ele reiterou que o governo não vai parar qualquer obra. "Vamos continuar fomentando o mercado interno, manter as obras do PAC", disse, acrescentando que a Petrobras anunciou investimentos de US$ 112 bilhões até 2012.
Lula mencionou que Vale e Gerdau anunciaram que não irão parar os seus projetos. "Podemos ter problemas, mas a crise não se enfrenta com medo. O País tem que se preparar para quando a crise terminar lá fora. O Brasil vai se transformar em uma grande economia". O presidente destacou que os bancos brasileiros estão menos alavancados (endividados em relação ao patrimônio) do que os estrangeiros.
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