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Diretor do grupo ASA Participações, Álvaro Luiz Scheffer tem 46 anos e participa da Fiep desde os 22, quando fundou o Sindimetal de Ponta Grossa. O eixo principal de sua campanha é a valorização dos sindicatos patronais.

O que o senhor propõe para a Fiep?

Vamos valorizar as representações setoriais e locais, que são os sindicatos patronais. O sindicato é a base da estrutura da federação. Ele tem que ser uma célula pensante, que vai levantar os problemas e as reais necessidades de seu setor e de sua região, e trazer para a Fiep. Assim criaremos líderes regionais, e o planejamento da federação será feito de baixo para cima, ao contrário do que ocorre hoje. As contribuições para o Sesi e o Senai, por exemplo, são compulsórias, são como impostos. E temos que aplicá-las com responsabilidade.

Que avaliação o senhor faz da atual gestão da federação?

Foi uma gestão extremamente personalista. O atual presidente contava com uma diretoria extremamente qualificada e com visões heterogêneas, com um diretor de cada ramo de atividade – eu sou um deles. O problema é que as decisões eram tomadas pelo presidente e uma equipe de executivos contratados, o que está errado. A profissionalização é importante, mas temos que profissionalizar a execução dos programas, enquanto o planejamento e a deliberação têm que partir dos industriais.

Como o senhor vê o posicionamento da Fiep em relação ao governo estadual?

Parecia haver uma certa omissão por parte da Fiep. Notamos um medo muito grande de levar ao governo do estado pontos polêmicos do processo industrial, como a questão do porto, das estradas, das políticas de desenvolvimento setorial. E são problemas técnicos, não políticos. Se você tem acesso rápido ao governo do estado, vai levá-los e discutir, sem criar um embate. Nossa chapa tem o apoio do governo do estado, e também o apoio do senador Osmar Dias, que faz oposição. Mas a federação não vai ser oposição nem situação. Será independente.

Rocha Loures anunciou que pretende dobrar a indústria do Paraná em quatro anos. Isso é possível?

Isso é fantasia. Países como China e Índia, que criaram um ambiente propício ao desenvolvimento industrial, conseguem crescer 10% ao ano. Então acho que essa tem que ser nossa meta mínima. Mas para duplicar em quatro anos, teríamos que crescer 20% ao ano. Não digo que é impossível, mas não é ao presidente da Fiep que cabe definir isso. Nossa meta tem que ser transformar a indústria paranaense em uma indústria sólida, com crescimento contínuo e que não quebre. Cabe à Fiep dar segurança à indústria que já existe e o máximo de oportunidades à nascente.

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