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O Paraná é o segundo estado brasileiro com o menor número de pessoas em situação de miséria do país, perdendo apenas para Santa Catarina. Entre 2003 e 2006, o estado paranaense teve ainda um significativo avanço na recuperação da economia, com elevação do PIB e da geração de emprego e renda, na educação, na saúde e na qualidade do acesso aos serviços adequados na habitação. Os dados socioeconômicos foram divulgados nesta terça-feira (9) pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).

De acordo com presidente do Instituto José Moraes Neto, neste período, o Paraná também perdeu pouca população para outros estados, teve aumento da expectativa de vida e vem apresentando queda na taxa de fecundidade.

O índice de famílias, segundo informações da Agência Estadual de Notícias (AEN), com renda familiar per capita inferior a R$ 125,00 por mês, no Paraná, reduziu de 15,69%, em 2002, para 9,79% em 2006, conforme dados da pesquisa "Miséria, Desigualdade e Políticas de Renda", da Fundação Getúlio Vargas. O menor índice é o de Santa Catarina, que de acordo com estudo da FVG, em 2006, tinha 4,7% de famílias nesta mesma situação.

Educação O Paraná também conseguiu avanços percentuais mais rápidos se comparado à diminuição ocorrida na média brasileira e na região Sul. A taxa de analfabetismo no Paraná baixou de 7,9%, em 2002, para 6,5% em 2006, com redução de 1,4 %. A Região Metropolitana de Curitiba diminuiu a taxa de 4,3% de analfabetos, em 2002, para 3,2% em 2006, numa diferença de 1,1%. No Brasil, considerados os mesmos anos de referência, houve redução de 1% e, na região Sul, 0,8%.

O maior aumento percentual também se deu na escolaridade média do Paraná, se comparado ao avanço da média brasileira e da região Sul, apontado pela PNAD. A população do Paraná com 10 anos de idade ou mais tinha 6,6 anos de estudo em 2002, e passou a ter 7,2 anos de estudo em 2006. Na Região Metropolitana de Curitiba, este mesmo dado passou de 7,5 para 8,1. No Brasil, a escolaridade era de 6,2 anos de estudo em 2002 e foi para 6,8 anos em 2006. Para a região Sul, a evolução foi de 6,7 para 7,2 anos no mesmo período de referência.

Na taxa de freqüência à escola por faixa etária, de 2002 para 2006, ainda segundo a AEN, houve aumento significativo na população de 0 a 6 anos, que foi de 35% para 41%, e na de 15 a 17 anos, que passou de 77% para 80%. As demais taxas, de 7 a 14 anos (98%), 18 a 24 anos (28%) e 25 anos e mais (5%) não tiveram alterações.

Saúde

O coeficiente de mortalidade infantil no Paraná diminuiu de 2002 para 2005, de acordo com levantamento do Ministério da Saúde. O número de óbitos de menores de 1 ano por mil nascidos vivos passou de 16,8, em 2002, para 14,5 em 2005.

Entre as principais causas de óbitos no Paraná, entre 2002 e 2005, as doenças infecto-parasitárias tiveram uma redução de 3,23%, e as doenças do aparelho circulatório diminuíram em 1,91%. Causas externas, como acidentes automobilísticos, assassinatos, envenenamentos, entre outros, são responsáveis por 15,16% dos óbitos e, as neoplasias, por 6,75%.

Economia

A estimativa para a taxa real de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná para 2007 é de 4,5%, apresentando forte recuperação em relação aos três últimos anos - 1,4% em 2006; 0,3% em 2005; e 3,2% em 2004. Dos principais setores que impulsionam o aumento do PIB, o Ipardes aponta o agronegócio, a indústria automobilística e o setor de serviços.

Emprego

Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), feita pelo IBGE, mostraram que, de 2002 a 2006, o Paraná teve 82,2% das pessoas ocupadas no mercado formal. Foi a maior contribuição de todos os estados brasileiros, sendo que, nesse período, houve um acréscimo de 424 mil pessoas ocupadas, com variação de 8,5%.

O número total de pessoas ocupadas no Paraná em 2006 era de 5,4 milhões, ficando em quarto lugar no ranking brasileiro (atrás de São Paulo, Minas Gerais e Rio De Janeiro). A taxa de desemprego do Estado tem sido a menor do Brasil nos últimos anos, com poucas oscilações.

O Paraná gerou 461.107 empregos formais, de janeiro de 2003 a agosto de 2007, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego. Deste total, 158.607 empregos foram gerados na indústria, 140.077 no setor de serviços, 122.796 no comércio, 25.452 na agropecuária, 14.157 na construção civil e 18 em setores considerados como outros na pesquisa.

Habitação

Todos os itens que se referem à infra-estrutura adequada nos domicílios tiveram aumento nos índices do ano de 2002 para 2006. Os itens considerados pela PNAD são: abastecimento de água, esgoto adequado, sanitário domiciliar, coleta de lixo, energia elétrica e telefone. Destes, o aumento mais significativo ocorreu no esgoto adequado, cuja proporção de domicílios passou de 61%, em 2002, para 70% em 2006.

População

A população do Paraná já ultrapassou 10 milhões de habitantes, segundo projeções do Ipardes e dados da PNAD /IBGE. O grau de urbanização continua se elevando, sendo de 1,6% a taxa anual de crescimento geométrico, enquanto que o grau de crescimento da população rural é de queda de 0,8%, no período de 2002 a 2006. A taxa anual de crescimento da população, neste mesmo período, para o total do Estado é de 1,2%. A região apresenta índices quase iguais no período, sendo de 1,3% para o total, 1,7% na área urbana e queda de 0,7% na zona rural.

Um dado que chama a atenção é o crescimento da população na área rural da Região Metropolitana de Curitiba, que é de 1,8%, na contramão das demais regiões rurais do Paraná, cuja taxa é de -1,4%.

A taxa de fecundidade do Paraná é historicamente menor que a média nacional. No Brasil, o número de filhos por mulher em 1990, 2000 e 2006 era de 2,7, 2,4 e 2, respectivamente. Seguindo a mesma ordem, a taxa de fecundidade no Paraná vem baixando de 2,6 (1990), 2,3 (2000) para 1,7 (2006), ou seja, a população do Paraná não está sendo reposta. Para haver reposição é preciso alcançar taxa de 2,1 ou mais filhos por mulher.

A esperança de vida ao nascer no Paraná passou de 70,6 anos, em 1990, para 73,8 anos em 2006. No Brasil, este avanço foi de 68,5 anos para 72,4 anos em 2006. Seguindo uma tendência nacional, no período de 2002 a 2006, a taxa de crescimento da população com 65 anos e mais é de 3,1%; de 15 a 64 anos é de 1,7%; e de 0 a 14 anos é de - 0,5%.

A Região Metropolitana de Curitiba apresenta taxas bem maiores nestes anos. Na RMC, a taxa é de 0,6%, na faixa de 0 a 14 anos; 2,6% ,de 15 a 64 anos; e de 8,7% da população com 65 anos e mais.

O Paraná já não está mais perdendo população para outros estados, como aconteceu na década de 80. No período compreendido entre 1986 e 1991, o saldo entre o número de pessoas que deixavam o Paraná e aquelas que entravam era de -2,4%. Já ntre os anos de 2001 e 2006, este saldo foi de -0,2%.

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