O Paraná perdeu a disputa para Santa Catarina e Rio Grande do Sul na briga para sediar os dois novos frigoríficos da Cooperativa Central Oeste Catarinense (Coopercentral Aurora), cujos investimentos devem somar, juntos, R$ 800 milhões. Embora tenha ficado em primeiro lugar nos estudos de viabilidade econômica, o estado perdeu na votação entre as cooperativas associadas, a maior parte delas localizadas em Santa Catarina, com 11 representantes, e Rio Grande do Sul, com cinco. O Paraná e o Mato Grosso do Sul têm um representante cada no conselho da Aurora. "O estudo técnico foi deixado de lado e o que prevaleceu foi a votação das cooperativas. Foi decepcionante", disse Ari Antonio Reisdoerser, representante do Paraná e diretor da Cooperativa Mista São Cristóvão (Camisc), que é acionista (1,5%) da Aurora. O município de Clevelândia, no sudoeste do estado, era cotado para receber o investimento.
Em assembléia que durou boa parte do dia de ontem, as cooperativas integradas decidiram que uma unidade industrial será instalada em Canoinhas, no planalto norte de Santa Catarina, e a outra em Carazinho, na região do Alto Jacuí, no Rio Grande do Sul.
Mário Lanznaster, presidente da Aurora, disse que a decisão levou em conta análises do comitê técnico, do conselho de administração e da assembléia geral. Segundo a empresa, a base produtiva de grãos e de aves, a infra-estrutura portuária, a disponibilidade de mão-de-obra, incentivos fiscais e materiais (terreno, terraplenagem, acesso, asfaltamento, rede de energia etc.) e a oferta de água foram algumas das variáveis analisadas. O ponto fraco do Paraná era justamente a vazão do Rio São Francisco, localizado próximo ao local onde seria erguido o empreendimento, considerada insuficiente para atender à demanda da empresa.
Reisdoerser nega que esse tenha sido um fator para desclassificação. "Mesmo com essa limitação, ficamos em primeiro lugar no estudo de viabilidade. O critério não foi econômico", enfatizou. A Aurora vai investir R$ 400 milhões em cada uma das novas unidades, que vão abater 300 mil aves por dia e gerar 3,2 mil empregos. A indústria de Canoinhas (SC) terá prioridade e as obras devem começar até o final do ano. A planta de Carazinho (RS) será iniciada em 2009.
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