Um dos elementos mais abundantes da natureza, o hidrogênio, começa a adquirir status de moeda forte. A aposta vem sendo realizada pela Itaipu Binacional, com a construção da primeira planta experimental de hidrogênio do Paraná, em Foz do Iguaçu.
Localizado dentro do Parque Tecnológico de Itaipu (PTI), o espaço vai abrigar uma estrutura com eletrolisador máquina que decompõe a água em oxigênio e hidrogênio, fabricada pela empresa italiana H2Nitidor e os cilindros do gás.
O início da produção está previsto para dezembro. O intuito é desenvolver, no médio e longo prazo, a tropicalização (adaptação aos padrões locais) da tecnologia, com a chegada de parceiros para troca de experiências.
O projeto começou a ganhar forma há pouco mais de um mês, mas suas propriedades e usos já estavam sendo desenvolvidos pelo Núcleo de Pesquisa em Hidrogênio (Nuphi). "No laboratório as primeiras projeções começaram a ser articuladas, para que pudéssemos simular a aplicação do hidrogênio na geração de energia ou mesmo como combustível", diz o engenheiro Ricardo Ferracin, coordenador do Nuphi.
Um dos pontos fortes do sistema será o uso da energia que hoje deixa de ser gerada pela água excedente do reservatório de Itaipu, para abastecer a central produtora de hidrogênio. "O processo transformaria essa energia gerada pela água em hidrogênio e oxigênio na chamada eletrólise. O hidrogênio ficaria armazenado nos cilindros para ter posteriormente diversas utilizações", explica Ferracin.
Energia limpa
O modelo coloca o hidrogênio no hall das iniciativas que têm como meta a energia limpa. "Como tem alta densidade energética e é isento de carbono, o hidrogênio é uma alternativa economicamente viável e correta para o meio ambiente", diz o engenheiro.
Armazenado em cilindros em forma de gás ou em moléculas de combustível, o hidrogênio pode ser usado não só para gerar energia elétrica mais barata, mas também para produzir baterias para celulares e ao abastecimento de veículos elétricos.
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