• Carregando...

Consumidor

Setor bancário lidera lista de problemas não solucionados

Da Redação

Entre as 20 empresas que apresentam maiores índices de problemas de consumidores não solucionados, empresas do setor bancário ocupam as quatro primeiras posições. De acordo com a lista divulgada ontem pelo Procon-PR, os líderes de reclamações são Banco PanAmericano, Grupo Santander, Grupo Banco do Brasil e Grupo Banco Votorantim, com 824 protestos de clientes registrados. Os índices de resolução de reivindicações neste grupo vai de 12% a 17%.

O setor bancário está à frente também quando o assunto é o total de aparições no balanço, com seis representantes na "lista negra". Estabelecimentos do varejo têm sete empresas. Supermercados, fabricantes de celulares e operadoras de telefonia estão no terceiro estrato, com duas representantes cada. A Sanepar encerra a lista.

O levantamento leva em conta o período de janeiro de 2011 a maio de 2012. As 20 empresas que compõe o documento somam mais de 5 mil consumidores descontentes.

Conforme informações do Procon-PR, o ranking foi elaborado de acordo com o comportamento das empresas nas audiências promovidas pelo órgão. O Procon levou em conta as que tiveram acima de 118 casos, entre janeiro de 2011 e maio de 2012, e que apresentaram índice de não resolução superior a 30%.

Veja a lista

Para baixar o arquivo com os líderes em reclamações, acesse o site www.procon.pr.gov.br e clique no ícone "Comportamento dos Fornecedores nas audiências", no lado direito da página.

A associação entre Itaú e BMG, que cria um banco de R$ 1 bilhão especializado em crédito consignado, deve amenizar as tensões no sistema bancário brasileiro. Desde que o Banco Central interveio no Cruzeiro do Sul, há pouco mais de um mês, instituições de pequeno e médio portes viram secar suas principais fontes de recursos.

Além disso, aumentou a pressão sobre bancos cujo modelo de negócio havia sido posto em xeque por investidores e analistas. Um deles era justamente o BMG. O banco mineiro anunciou ontem uma parceria com o Itaú, a maior instituição financeira privada do país. O acordo criou o Banco Itaú BMG Consignado S.A., com capital inicial de R$ 1 bilhão, sendo 70% do Itaú e 30% do BMG.

Na joint venture, o BMG será o principal responsável pela geração de créditos, utilizando, para isso, a expertise que desenvolveu nesse mercado nos últimos anos. Ao Itaú caberá prover capital para a operação. "A expectativa é de que esse negócio dê uma acalmada no mercado", afirmou o analista de instituições financeiras da Austin Rating, Luís Miguel Santacreu.

"O desenho da operação entre Itaú e BMG pode servir de modelo para o mercado todo", afirmou um banqueiro que pediu para não ser identificado. "Bancos menores, como o meu, têm força para originar crédito. Mas falta capital e uma 'placa' importante", acrescentou. Ainda segundo esse profissional, a repercussão do negócio Itaú/BMG foi "bastante positiva" no mercado.

Nas últimas semanas, executivos de bancos pequenos e médios relataram dificuldades para captar recursos. O dinheiro ficou mais escasso e, consequentemente, caro. "Não consigo manter o foco em meu plano de negócio para o ano. Tenho de ficar de olho na liquidez", disse um deles, que pediu anonimato.

Dependência

As dúvidas sobre o futuro do BMG estavam centradas no modelo de negócio semelhante ao do Cruzeiro do Sul, altamente dependente dos empréstimos consignados. Para se ter uma ideia, a carteira atual do BMG em consignados soma R$ 28 bilhões, quase três vezes a do Itaú, de R$ 10 bilhões.

Para analistas e investidores, o consignado deixou de ser bom negócio para os bancos menores porque os ganhos não compensam os custos elevados da operação. Como essas instituições não têm rede de agências, são obrigadas a pagar comissões altas para correspondentes bancários – os conhecidos "pastinhas". Além disso, o crédito consignado dificilmente chega até o final. Normalmente, o cliente quita o empréstimo no meio do caminho, o que diminui a margem do banco no negócio.

Custos

Para completar, desde o caso PanAmericano, o custo de captação dos bancos pequenos e médios subiu, em grande medida porque secou um tipo de transação que era muito comum. Trata-se da cessão de crédito, pela qual os menores repassavam carteiras inteiras para os maiores. As fraudes no PanAmericano concentravam-se na operação.

No ano passado, o BMG comprou o banco Schahin, que tinha problemas. Na ocasião, o BMG recebeu um aporte de R$ 1,5 bilhão. Parte veio da família dona do banco (Pentagna Guimarães) e outra parte (R$ 800 milhões) do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Segundo o presidente do BMG, Ricardo Guimarães, o FGC não participou das negociações do banco com o Itaú.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]