O Parlamento de Chipre aprovou nesta terça-feira o plano de ajuste estipulado com a troica internacional em troca do resgate no valor de 10 bilhões de euros para a ilha mediterrânea.
Votaram a favor do memorando 29 deputados, exatamente o número necessário para se conseguir maioria, enquanto 27 parlamentares se opuseram ao plano. Não houve abstenções. A sessão transmitida ao vivo pela televisão.
O programa de resgate da troica -formada pelo Banco Central Europeu, pela Comissão Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional- tem uma série de contrapartidas, entre as quais figuram a reestruturação dos bancos, altas de impostos e cortes salariais no setor público.
O presidente de Chipre, Nico Anastasiadis, disse antes da aprovação que o plano permitirá ao país respirar e superar a crise. Averof Neofitu, líder do partido DISY, que faz parte da coalizão de governo, reconheceu que Chipre tem um caminho difícil pela frente, que incluirá uma "profunda recessão para conseguir a estabilidade".
"Nós calculamos que a recessão será mais profunda do que a que vimos em Portugal e em outros países", disse. O líder do partido ecologista, Yioryos Perdikis, previu que o PIB do país irá sofrer uma queda de 40% nos anos em que o plano estará sendo aplicado e por isso sua legenda não o apoiou.
Já o presidente do partido centrista DIKO, Marios Karoyian, qualificou de "injusta, irracional, dura e violenta" a decisão da Zona do Euro de impor este programa de ajuste, mas admitiu "que infelizmente não temos outra opção que não aceitar as condições do memorando".
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