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Cascavel – Frigoríficos de aves, suínos e bovinos tiveram ontem um alívio com a volta ao trabalho de 30% dos fiscais federais agropecuários, que estão em greve desde o dia 7, reivindicando melhoria salarial. Na região de Cascavel, as indústrias, principalmente de aves, puderam embarcar os primeiros caminhões de produtos para exportação.

A volta ao trabalho de parte dos fiscais foi determinada na última sexta-feira pelo juiz Nicolau Konkel Júnior, da Vara Federal Ambiental e Agrária de Curitiba. O magistrado concedeu liminar requerida pelo Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados (Sindicarnes) e Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas (Sindiavipar). Com a decisão, foi retomada a emissão de 30% dos certificados sanitários exigidos para a exportação de carne – trabalho que só pode ser feito pelos agentes federais.

A decisão evitou a suspensão dos abates, medida que já era estudada por algumas empresas – que vinham manobrando para não ter que interromper as atividades. Um exemplo é a Globoaves, de Cascavel, que desde sexta-feira vem guardando a produção em caminhões com câmaras-frias, já que a área de estocagem da fábrica está cheia. A empresa abate cerca de 150 mil aves por dia, das quais 90% são destinadas ao mercado externo.

O diretor comercial da Globoaves, Roberto Kaefer, informou que a empresa conseguiu liberar 30% da produção do dia destinada à exportação. "É um alívio momentâneo, porque a situação geral é complicada. Temos que trabalhar sob pressão todos os dias. O governo tem que resolver essa questão imediatamente para evitar mais problemas ao setor", disse.

A Cooperativa Agrícola Consolata (Copacol), de Cafelândia, mantém o abate diário de 300 mil frangos, mas também só está podendo encaminhar para exportação 30% do volume normal, que é de 3,5 mil toneladas mensais para mais de 20 países da Europa e da Ásia.

A greve dos agentes de fiscalização federal é por tempo indeterminado. Até agora, os representantes da Associação Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa) e do Ministério da Agricultura não chegaram a um acordo para pôr fim ao movimento.

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