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Como fica

Controle: A Varig será controlada pela Gol, mas vai manter a marca e prestar um serviço independente.

Mudanças: A Varig não vai mais oferecer primeira classe, somente executiva e econômica.

Bilhetes: Passagens da Varig não poderão ser usadas em vôos da Gol. Os bilhetes já emitidos continuam valendo.

Preço: A Gol ainda não definiu mudança nos preços das passagens.

Milhagem: O programa Smiles continua valendo e quem tem milhas acumuladas vai poder usá-las só na Varig.

Com o anúncio da aquisição da Varig pela Gol, o mercado de aviação civil está prestes a mudar no país. Juntas, as duas empresas vão dominar quase 45% do setor. Agentes de viagem divergem sobre os impactos que o negócio terá na vida dos passageiros e das agências de turismo. Alguns acreditam que os preços das passagens podem subir, enquanto outros pensam que pode haver uma redução nos bilhetes da Varig. De qualquer forma, o passageiro deve se beneficiar se as antigas rotas forem recuperadas.

Para Roberto Inácio, sócio-gerente da agência Costa Blanca, a aquisição da Varig pela Gol vai ser benéfica para o mercado. "A Varig está meio apagada desde quando quase quebrou, enquanto a Gol está estabilizada. Acho difícil que o preço das passagens vá subir. Futuramente pode até cair. O que o passageiro precisa mesmo é de mais rotas de vôo, o que agora vai ter", explica.

A gerente da Maktour em Curitiba, Mabel Krefta, acredita que pode haver diminuição na concorrência. "A tendência de dominar valores é possível, mas a TAM é muito forte", diz. A TAM tem 47,33% do mercado interno, enquanto a Gol domina 40,26% e a Varig, 4,57%. "A Varig perdeu muito mercado e muita credibilidade, o que pode recuperar agora."

O diretor da Aerocondor e vice-presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens do Paraná (Abav-PR), Celso Tesser, avalia que a situação deve piorar para os agentes de viagem. "Já estava ruim, porque a Gol diminuiu a comissão que paga pelas passagens. Se ela manter essa política com a Varig, os agentes vão receber menos", conta. O passageiro, porém, deve ser beneficiado. "Se a política de baixo custo for mantida para a Varig, daí o consumidor vai ter vantagem."

A Gol aposta em preços populares desde quando começou a operar, em 2001. Seguindo a estratégia de simplificar os serviços, em seis anos, a empresa conquistou 37,12% do mercado doméstico, a segunda maior fatia, atrás da TAM.

A coordenadora institucional da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor Pro Teste, Maria Inês Dolci, acredita que a compra da Varig pela Gol vai tirar o poder de escolha do cliente e elevar os preços. "Essas aquisições são sempre um problema para o consumidor, que perde o rumo, porque falta muita informação. O que vai acontecer é que o mercado vai ficar concentrado em poucas empresas, com pouca concorrência, o que vai elevar os preços e tirar o poder de barganha do consumidor", avalia.

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