831 metros quadrados em potencial construtivo. É o que o Grupo Soifer precisa comprar para poder regularizar o Pátio Batel e inaugurá-lo, segundo SMU.
Ainda não foi desta vez que o Pátio Batel abriu as portas para o público de Curitiba. A última data anunciada para a inauguração do shopping ontem, dia 28 não será cumprida. Procurado pela reportagem da Gazeta do Povo, o Grupo Soifer, que administra o empreendimento, não deu detalhes sobre o atraso. Disse apenas, por nota, que "está concluindo a parte burocrática junto ao município" e que a inauguração acontecerá ainda no ano de 2013, em uma data que ainda será anunciada.
Segundo a Secretaria Municipal de Urbanismo de Curitiba (SMU), no entanto, a situação é um pouco mais complicada. A conclusão do shopping depende do cumprimento de medidas compensatórias no sistema viário da região e da regularização de alguns pontos do projeto inicial.
Ainda em 2012, a obra excedeu o coeficiente de aproveitamento do terreno permitido pelo zoneamento do local e, para regularizar a situação e obter um novo alvará de construção, o Grupo Soifer teve de comprar potencial construtivo.
Neste ano, mais uma irregularidade. Uma vistoria do departamento de Controle de Edificações da SMU constatou que a obra excedeu a taxa de ocupação permitida, de 50% para 51,20%. Ou seja, o Pátio Batel está bem maior do que deveria.
Segundo o secretário de Urbanismo, Reginaldo Cordeiro, a área total do shopping saltou de 110.333 mil para 137.536 mil metros quadrados.
"A liberação de um novo alvará de construção, já com a área extra incorporada, depende agora da compra de novo potencial construtivo pelo empreendedor, equivalente a 831 metros quadrados, além de uma nova licença de instalação, com parecer da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, do Ippuc e da Setran", diz o secretário.
Histórico
Esta é a quarta vez que a abertura do centro comercial é adiada pelo Grupo Soifer. Estimado em R$ 280 milhões, o empreendimento deveria ter terminado em setembro de 2012. A data foi transferida para março deste ano; depois para 25 de abril; e, finalmente, 28 de maio, sob justificativas de escassez de mão de obra.
Ainda em março, o empresário Salomão Soifer sinalizou a possibilidade de uma inauguração com desfalques, como o cinema da rede Mexicana Cinépolis. Um mês depois, porém, as obras nas áreas comuns do Pátio Batel também não foram concluídas.
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