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O ex-ministro Paulo Guedes fala no evento de lançamento do documentário “O Caminho da Prosperidade”, sobre sua passagem pelo Ministério da Economia.
O ex-ministro Paulo Guedes fala no evento de lançamento do documentário “O Caminho da Prosperidade”, sobre sua passagem pelo Ministério da Economia.| Foto: Ewandro Schenkel/Gazeta do Povo

O economista Paulo Guedes afirmou na noite de terça-feira (14) que faria "tudo de novo e com mais intensidade" caso o time que comandou durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) voltasse a assumir o Ministério da Economia. O ex-ministro falou após a primeira exibição do documentário "O Caminho da Prosperidade", em Nova York.

Segundo ele, a agenda liberal seria aprofundada, incluindo, por exemplo, o aumento das privatizações: "Agora vai Petrobras, Banco do Brasil". Evitando tecer críticas ao atual governo, pois diz considerar ter um olhar mais propositivo, o ex-ministro avaliou que a agenda prioritária no Brasil continua sendo a aplicação das teorias e práticas liberais,  com menos Estado e mais participação do mercado. "É ciência", cravou.

Outra prioridade, na visão de Guedes, é reabrir a discussão sobre o regime de capitalização das aposentadorias. Durante a reforma da Previdência, a ideia de que cada usuário teria uma poupança dedicada e exclusiva para financiar sua aposentadoria chegou a ser proposta pelo então ministro da Economia e debatida, mas foi enterrada após não conseguir apoio.

O Chile é usado como exemplo de um país que conseguiu garantir as aposentadorias com base no modelo. "Quando o Chile passou a usar o regime de capitalização cresceu 5,5% durante 30 anos seguidos".

Segundo o economista, as principais críticas ao sistema – como o fato de que parte dos aposentados recebe menos que o salário mínimo local – estão erradas, pois não levariam em conta que a disparidade entre a aposentadoria e o poder de consumo se deu por causa de um aumento de renda do chileno, algo que poderia ser resolvido com uma suplementação arcada pelo governo.

"Cuba tinha um renda per capita maior do que a do Chile. Cuba ficou miserável e o Chile ficou com uma das maiores rendas per capitas da América Latina", disse o ex-ministro.

O Brasil também deveria, segundo Guedes, abrir mais concessões e consolidar a independência do Banco Central.

O ex-ministro Paulo Guedes no lançamento do documentário "O Caminho da Prosperidade", em Nova York.
O ex-ministro Paulo Guedes no lançamento do documentário "O Caminho da Prosperidade", em Nova York.| Cynthia Simonetta/Ema Conteúdo/Divulgação

As declarações do ex-ministro foram dadas durante uma entrevista coletiva realizada após a exibição do documentário "O Caminho da Prosperidade", que retrata o período em que o economista ocupou o cargo de ministro da Economia, entre os anos de 2019 e 2022. Dirigido por Paulo Moura e produzido pela Ema Conteúdo, o filme traz uma série de entrevistas de economistas e especialistas que acompanharam as ações de Guedes durante o governo Bolsonaro.

Adolfo Saschsida (ex-ministro de Minas e Energia), Gustavo Montezano (ex-presidente do BNDES), Marcos Troyjo (ex-presidente do Banco dos Brics), Waldery Rodrigues (ex-secretário especial de Fazenda), Alexandre Ywata (ex-secretário especial da Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade) e Marcelo Guaranys (ex-secretário-executivo do Ministério da Economia) são alguns dos entrevistados que narram a trajetória de Guedes em um momento de grandes mudanças, como a pandemia, agenda de privatizações e a reforma da Previdência.

Quando instado a dar uma opinião sobre como o atual governo deveria gerar a economia, Paulo Guedes declarou de maneira descontraída: "Façam o que a gente fazia. Vai dar certo".

O jornalista viajou a convite da Ema Conteúdo

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