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Cerca de 470 pessoas aderiram ao plano de demissões voluntárias (PDV) da fábrica da Renault, em São José dos Pinhais. A informação é do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC). A companhia não se manifestou sobre a adesão ao programa, que começou em 22 de janeiro e foi concluído no último dia 13.

Caged

A indústria automotiva do Paraná demitiu quase 5 mil pessoas no ano passado, já descontadas as contratações, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Trata-se do maior corte anual em pelo menos oito anos, desde que o Caged começou a publicar informações por segmento. Anteriormente, o maior movimento de demissões no setor no Paraná havia ocorrido em 2012, quando 1.752 vagas foram fechadas. O segmento com o maior corte foi o de peças e acessórios para veículos, que dispensou 2.939 mil trabalhadores. As montadoras de automóveis e utilitários demitiram 987 funcionários. No Brasil todo, o setor automotivo fechou pouco mais de 48 mil postos de trabalho em 2014.

A montadora vem reduzindo seu quadro de pessoal desde o ano passado, quando 500 trabalhadores temporários não tiveram seus contratos renovados e deixaram a empresa. Agora, após o PDV, o número de funcionários caiu para aproximadamente 5,5 mil.

Segundo a Renault, o objetivo do PDV era adequar os volumes de produção à queda das vendas no mercado doméstico e nas exportações. A empresa foi especialmente afetada pela crise econômica na Argentina, principal cliente no exterior, que fez suas receitas de exportação despencaram 45% no ano passado, para US$ 648 milhões.

Os metalúrgicos dispensados trabalhavam nas linhas de produção de carros de passeio e veículos utilitários. Além das verbas rescisórias legais, eles receberam um salário nominal para cada ano completo trabalhado na empresa – os que tinham mais de dez anos de casa ganhariam mais dois ou três salários extras – e terão direito a seis meses de plano de saúde.

Crise disseminada

O corte de pessoal da Renault foi o maior dos últimos meses entre as montadoras paranaenses. Em dezembro, a fabricante de ônibus e caminhões Volvo demitiu cerca de 200 pessoas e, em janeiro, a Case New Holland (CNH), que produz máquinas agrícolas, dispensou 270 funcionários.

A fábrica paranaense da Volkswagen, por sua vez, tem mais de 400 trabalhadores com os contratos suspensos, no regime de layoff. Os demais estão em férias coletivas porque a empresa alemã parou a produção por um mês, até meados de março, para preparar suas linhas para a montagem de novos modelos.

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