O Facebook anunciou, nesta quinta-feira (28), ter recebido 13% a mais de pedidos de governos para acessar dados privados de usuários no segundo semestre de 2015, com mais de 46 mil solicitações no mundo todo.
Segundo a rede social em seu “Informe de Transparência” semestral, o número de elementos “restringidos” por violar as leis locais duplicou em comparação ao período anterior de seis meses, chegando a 55.827 casos.
“Em geral, continuamos vendo um aumento em nível mundial nos pedidos dos governos de dados e de conteúdo de usuários, conforme a legislação local”, disse o assessor geral adjunto do Facebook, Chris Sonderby.
Esses números são divulgados no momento em que o setor de tecnologia está envolvido no debate sobre como os governos devem ter acesso aos dados do usuário e como os pedidos devem ser do conhecimento dos usuários e do público em geral.
O Facebook e outras empresas de tecnologia garantem que entregam os dados dos usuários apenas quando recebem ordens legais legítimas. Os Estados Unidos são o país que fez o maior número de consultas para fazer cumprir a lei, com 19.235 pedidos que afetam 30.041 contas. O Facebook informou que, em 81% dos casos, não repassou qualquer informação.
“Reconhecemos que há ameaças sérias para a segurança pública e que a polícia tem a importante responsabilidade de proteger as pessoas”, disse Sonderby, em um blog. “Nossas equipes legais e de segurança trabalham duro para responder as solicitações legítimas das autoridades, ao mesmo tempo em que cumprimos nossa responsabilidade de proteger a privacidade e a segurança das pessoas”, explicou.
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