Concorrentes
Nem todos os participantes do leilão aceitaram se identificar. Confira nove dos consórcios formados para a privatização dos aeroportos:
CCR e Zurich (Suíça)
Fidens e ADC & HAS (Estados Unidos)
EcoRodovias e Fraport (Alemanha)
BTG Pactual, Queiroz Galvão e Ferrovial (Espanha)
Triunfo e Engis (França)
OHL e Aena (Espanha)
Invepar e ACSA (África do Sul)
Engevix e Corparacion America (Espanha)
Odebrecht e Changi (Cingapura)
Pelo menos 11 consórcios entregaram propostas ontem para o leilão dos aeroportos e vão participar da disputa pelos terminais de Guarulhos (SP), Campinas (SP) e Brasília. O prazo para a entrega da documentação terminou às 16 horas, na sede da BM&F Bovespa. O leilão está marcado para a próxima segunda-feira, às 10 horas, no mesmo local.
Os consórcios puderam apresentar ofertas para todos os aeroportos, mas só poderão ganhar a concessão de um deles. O preço mínimo estabelecido para o aeroporto de Guarulhos, considerado a "joia da coroa" pelo mercado, é R$ 3,424 bilhões. No caso de Viracopos, o preço mínimo é R$ 1,471 bilhão. O de Brasília é R$ 582 milhões.
Vão para a disputa viva-voz os consórcios que oferecerem as três maiores ofertas válidas para cada um dos três aeroportos, e os que apresentarem ofertas cujo valor for equivalente a pelo menos 90% da maior oferta válida. Os vencedores serão os consórcios cujas ofertas combinadas para os três aeroportos propiciarem ao governo a maior arrecadação. De acordo com os preços mínimos estipulados, a União arrecadará com a licitação dos três aeroportos pelo menos R$ 5,477 bilhões.
Justiça
A Advocacia-Geral da União (AGU) montou um esquema de guerra para derrubar possíveis ações judiciais contra a realização do leilão de concessão dos aeroportos. Desde o dia 23 de janeiro, procuradores federais e advogados da União de sete unidades da AGU fazem plantão para prestar esclarecimentos necessários ao Judiciário. Por enquanto, a estratégia está dando certo. Das quatro ações judiciais com pedidos de liminar para impedir o leilão, duas já foram derrubadas. As outras duas ainda não tiveram seus pedidos de liminar apreciados.
A expectativa do governo é de que esses pedidos também sejam negados pela Justiça. Isso porque os argumentos apresentados, assim como as ações já derrubadas, são considerados por integrantes do governo como "inconsistentes tecnicamente" e com "alta carga ideológica".
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