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Difundir a cultura exportadora entre pequenos e médios empresários foi um dos caminhos encontrados pelo governo brasileiro para ampliar sua base de exportadores e, assim, fazer crescer a participação do país nos negócios internacionais – hoje estimado em cerca de 1% do total mundial. Foi com essa proposta que o Ministério do Desenvolvimento e Comércio Exterior realizou ontem, em Curitiba, a 122.ª edição do Encontro de Comércio Exterior (Encomex), a oitava no Paraná.

Cerca de 500 empresários participaram das palestras e visitaram o "corredor de exportação" – uma espécie de feira formada por bancos e outras entidades envolvidas neste tipo de negócio.

"O Brasil sempre foi muito voltado para o mercado interno. Para aumentar o número de exportadores é preciso mudar a cultura", diz o diretor do Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do Comércio Exterior (Depla) do ministério, Fábio Martins Faria. A estimativa do ministério é que haja 20 mil empresas exportadoras no país – em um universo de 5 milhões. "Ainda é uma parcela muito pequena. Estimamos que há cerca de 100 mil habilitadas para exportar." Com o aumento da sabe, até 2010, o país quer ser responsável por 1,25% dos negócios internacionais no mundo.

No Paraná, a estimativa do Centro Internacional de Negócio (CIN), órgão ligado à Federação das Indústrias (Fiep), é que existam 1,2 mil exportadoras. Não há um estudo de quantas outras têm potencial para chegar ao mercado externo, mas o coordenador do CIN, Vinícius Gasparetto, não tem dúvida de que esse número poderia ser muito maior.

O melhor caminho para isso, acredita Gasparetto, é apostar em inovação. "As pequenas e médias empresas precisam investir em inovação porque assim, sem dúvida, conseguem mercado, independente do lugar e do setor", diz. A sugestão do coordenador é que elas não pensem apenas em competição com as grandes, mas que busquem nelas possíveis parceiras para transferência de tecnologia.

"Apesar do dólar baixo, ainda há espaço para aumentar as exportações", diz o presidente da Federação das Associações Comerciais do Paraná (Faciap), Ardisson Akel, que também é vice-presidente do Conselho de Comércio Exterior do Paraná (Fiep).

O empresário Natanael Santos, dono de uma fábrica de pequeno porte em Curitiba, no entanto, já tem interesse em exportar, mas tenta, há meses, entender e cumprir toda a burocracia necessária. "Além disso, o custo é muito alto para montar mostruários, por exemplo", diz o empresário, que pretende vender equipamentos para investigação e filtros de água. "Tenho visto que há opções novas de financiamento, mas é preciso que não fique só no discurso."

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