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Loja na feira do Largo da Ordem, no Centro de Curitiba: venda de produtos artesanais é um dos setores apontados pela FGV como boas opções de negócio durante a competição | Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo
Loja na feira do Largo da Ordem, no Centro de Curitiba: venda de produtos artesanais é um dos setores apontados pela FGV como boas opções de negócio durante a competição| Foto: Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo

Lavanderias querem crescer 8% ao ano

A realização da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016 no Brasil levou a As­­sociação Nacional das La­­vanderias do Brasil (Anel) a elevar de 5% para até 8% ao ano a projeção de crescimento nos próximos cinco anos. O setor, que reúne empresas que atendem o consumidor final e companhias que prestam serviços para hotéis, hospitais e grandes indústrias, já é beneficiado pelo ritmo de crescimento da economia. Mas esses eventos esportivos deverão ampliar os investimentos em hotéis e, com isso, a necessidade de serviços de lavanderia.

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Construção será o setor mais beneficiado, diz consultoria

Estudos da Ernst & Young preveem que a construção civil será o setor mais beneficiado economicamente pela Copa do Mundo, gerando uma renda adicional de R$ 8,14 bilhões no país entre 2010 e 2014. Já o fluxo turístico induzido pelo evento deve fazer girar R$ 5,94 bilhões no Brasil, sendo R$ 2 bilhões somente na área de hotelaria (veja quadro ao lado). Dentro do perfil da construção civil levantado pelo Sebrae, foram apontadas como principais oportunidades para as micro e pequenas empresas os segmentos de projeto, administração, segurança, meio ambiente, saúde, obras civis e insumos.

"O que os empresários precisam aprender é que a Copa do Mundo vai chegar e terminar em poucas semanas, mas os benefícios poderão continuar sendo capitalizados por muito mais tempo. É preciso planejar o que fazer antes, durante e depois. Nesses eventos, quem chega como turista pode voltar depois como empresário", defende Jairo Valderrama, diretor comercial da Carvajal Informação, empresa especializada em soluções geradoras de contatos de negócios. Além da construção civil, outros setores, como o artesanato, agronegócio, varejo e vestuário também são considerados como promissores antes, durante e depois da Copa no estado. (RW)

Elas podem não abocanhar as grandes obras, como construção e reforma de estádios e aeroportos, mas, mesmo nos bastidores, são capazes de garantir uma fatia considerável dos investimentos que somarão R$ 22,46 bilhões somente no bolo de infraestrutura e organização para a Copa do Mundo de 2014. Representando 99% dos estabelecimentos formais do país e responsáveis por 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, as micro e pequenas empresas buscam espaço para investir e, principalmente, lucrar com o evento esportivo.

Demanda há, garante o Sebrae. Segundo um estudo recente produzido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) a pedido da instituição, setores de construção civil, turismo, tecnologia da informação e produção associada ao turismo devem garantir para as empresas 448 oportunidades de negócios vinculadas à Copa. São atividades diversas que incluem desde o fornecimento de insumos para grandes construtoras e manutenção de equipamentos de informação até o agenciamento de viagens e venda de produtos artesanais e gastronômicos típicos de cada região.

Levantamento

O estudo é parte do Programa Sebrae na Copa 2014 e foca as 12 cidades-sede, como forma de aproveitar as oportunidades do evento para fomentar o desenvolvimento das micro e pequenas empresas do país. No Paraná, a instituição prepara atualmente um levantamento preciso da demanda de obras públicas e privadas em Curitiba e região metropolitana. A intenção é mapear as necessidades da construção civil, primeiro setor impactado diretamente pela Copa, e direcioná-las para as micro e pequenas empresas do estado. O estudo deve ser apresentado na primeira quinzena de junho.

"As grandes empresas provavelmente vão realizar as obras principais, mas elas precisam de alguns serviços que somente as micro e pequenas têm condições de realizar. O próprio setor privado também sinaliza com oportunidades, já que muitos hotéis, bares e restaurantes devem fazer adequações nas suas estruturas", afirma o gerente da Unidade de Programas Estaduais do Sebrae-PR, José Gava Neto.

As oportunidades relacionadas pelo Sebrae incluem as compras governamentais (com as garantias previstas na Lei Geral da Micro e Pequena Empresa) e as atividades desenvolvidas diretamente com o mercado privado, onde as chances de negócios são maiores. Hoje, existem 450 mil micro e pequenas empresas formais no Paraná, e 500 mil informais. A expectativa do Sebrae é direcionar, até 2013, R$ 79,3 milhões para programas de consultoria, inovação e acesso a mercados junto aos empresários de todo o país.

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