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Ao mesmo tempo em que é praticamente riscado do mapa pelas gigantes do setor, o Paraná vê várias madeireiras à beira da falência. Nos últimos três anos, as receitas foram comprometidas pela desvalorização do dólar e pela queda de 25% do preço do compensado no mercado internacional. Como muitas empresas não contam com florestas próprias, sofrem mais com o encarecimento da madeira – o preço do pínus subiu mais de 300% nesta década.

"Pequenas e médias empresas, que não têm base florestal firme e planificada, têm sérias dificuldades para comprar madeira, e muitas estão fechando", diz Amauri Ferreira Pinto, chefe da divisão de cultivos florestais da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab). Roberto Gava, que preside a Associação Paranaense das Empresas de Base Florestal (Apre) e representa um setor com 300 empresas e 170 mil trabalhadores, dá os números. "Nos últimos três anos, 30 mil postos de trabalho foram fechados."

A queda nas exportações dá outra medida dos problemas do setor, que por muito tempo apostou no mercado internacional. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, o faturamento de empresas paranaenses com as vendas de madeira e subprodutos foi de US$ 496 milhões no primeiro semestre, 8% a menos que no mesmo período de 2004. Na conversão para a moeda brasileira, as perdas dos madeireiros são ainda maiores, já que a cotação do dólar caiu mais de 30% desde então.

Curiosamente, essa retração no mercado internacional evitou que a escassez de madeira fosse ainda mais grave, avalia Gava. "Se o dólar ainda estivesse em R$ 3 e o preço do compensado não tivesse caído, quase não teríamos mais plantações em pé." (FJ)

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