Depois de anunciar na semana passada que havia registrado prejuízo com operações de câmbio, a companhia de celulose Aracruz divulgou em fato relevante o tamanho do problema: o prejuízo com as operações de derivativos de câmbio ficou em R$ 1,95 bilhão.
Em comunicado, a empresa afirmou que "pretende reduzir ordenadamente, no decorrer dos próximos meses, sua exposição a derivativos financeiros". Na semana passada, a Sadia divulgou perdas de R$ 760 milhões com o mesmo tipo de operação - no dia, as ações da empresa caíram 35%.
A divulgação do valor do prejuízo com as operações de câmbio teve efeito negativo nas ações da companhia negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Pouco antes das 13h desta sexta-feira (3), os papéis da empresa registravam baixa de mais de 18%, sendo negociados a R$ 5,28.
'Seguro'
Os derivativos câmbio funcionam como uma espécie de seguro contra as variações do dólar no mercado nacional, especialmente para as que têm forte atuação no mercado internacional.
Entretanto, a empresa admitiu que o uso da operação financeira ficou acima do projetado e aprovado pelo Conselho de Administração. Por isso, o diretor financeiro se afastou do cargo na semana passada. A empresa diz ter contratado uma auditoria para apurar se as políticas internas foram ou não respeitadas.
Segundo a companhia, a empresa tinha, em 30 de setembro de 2008, cerca de R$ 1,2 bilhão em caixa e em aplicações financeiras. A nota da Aracruz destacou também que a compahia exportou R$ 2,1 bilhões no ano de 2007.
- Lula acusa Aracruz e Sadia de especulação gananciosa
-
Falta de transparência marca viagens, agendas e encontros de ministros do STF
-
Jornalista dos Twitter Files Brazil prestará depoimento na Câmara dos EUA na terça (7)
-
Manifestantes contra Israel que invadiram prédio na Columbia são presos; UCLA tem confrontos
-
Deputado diz que aproximação de Caiado a Bolsonaro é “conveniência política”
Interferência de Lula no setor privado piora ambiente de negócios do país
“Dobradinha” de governo e STF por imposto na folha prejudica empresas e amplia insegurança
Contas de Lula, EUA e mais: as razões que podem fazer o BC frear a queda dos juros
Muita energia… na política: ministro ganha poder com agenda ao gosto de Lula