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Pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) realizada com 31 instituições financeiras, nos dias 17 e 18 de dezembro, e divulgada nesta quarta-feira (23) traça um painel positivo para a economia brasileira em 2010. A previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) é de 5,1% em 2010. Na mesma pesquisa realizada em outubro, essa projeção era de 4,6%. A previsão para a produção industrial passou de 6,3% para 7,6%.

A pesquisa também prevê que a inflação medida pelo IPCA em 2010 ficará em 4,5%, no centro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Em outubro, a previsão era de um IPCA de 4,4% em 2010. A projeção para a taxa Selic (juro básico da economia) em dezembro de 2010 permanece em 10,50% ao ano, o que significa uma alta de 1,75 ponto porcentual nos próximos 12 meses, em relação ao atual patamar de 8,75% ao ano.

De acordo com a pesquisa Febraban, a melhora no cenário econômico num mundo com baixo crescimento e pequena expansão das exportações vai prejudicar as contas externas do País. A projeção para o saldo da balança comercial em 2010 caiu de um superávit de US$ 16,7 bilhões no levantamento de outubro para US$ 11 bilhões na pesquisa mais recente. Tal variação vai agravar o déficit de transações correntes do balanço de pagamento, pois de acordo com a previsão dos bancos passará de US$ 32 bilhões para US$ 45,1 bilhões.

Por outro lado, o nível de atividade mais forte no próximo ano continuará estimulando o ingresso de capitais estrangeiros no País. O Investimento Estrangeiro Direto (IED) deve subir de US$ 32,3 bilhões para US$ 36 bilhões em 2010. Em razão do aumento do fluxo de recursos para o País, o Banco Central deve continuar a estratégia de compra de dólares, inclusive para evitar a valorização excessiva do real. A pesquisa projeta que a taxa de câmbio deve fechar o próximo ano em R$ 1,76 por dólar. Segundo os analistas ouvidos pela Febraban, as reservas internacionais devem atingir US$ 251,3 bilhões, nível superior aos US$ 246,5 bilhões estimados em outubro.

Crédito

A pesquisa Febraban de projeções macroeconômicas e expectativa de mercado apontou na edição de dezembro que as operações de crédito da carteira total devem subir 19,2% em 2010. No caso dos empréstimos na categoria recursos livres, o avanço deve atingir 19,8% no próximo ano. Segundo o levantamento, a concessão de crédito para pessoas físicas deve crescer 20,3%.

No caso dos financiamentos para empresas, o melhor cenário para a economia em 2010 deve elevar a concessão de crédito por parte dos bancos, pois a edição anterior da pesquisa apontava uma expansão de 18,1% para 2010 e a projeção que subiu para 19,9%. A melhora do cenário econômico, com o aumento da renda real, crescimento de 5,8% do PIB estimado pelo Banco Central, e taxa média de desemprego de 7,8% para o próximo ano, como foi manifestado ontem pelo diretor de Política Econômica do BC, Mario Mesquita, formam um cenário mais favorável para a queda da inadimplência. Segundo os analistas ouvidos pela Febraban, a taxa de inadimplência relativa a empréstimos com atraso superior a 90 dias deve atingir 4,5% em 2010, patamar inferior aos 5% previstos anteriormente.

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