A Petrobras informou ao mercado, nesta quarta-feira (25), que vai rever sua governança corporativa e seu modelo de gestão “em função do novo ambiente de negócios” e da “revisão do plano de investimentos”.
Petrobras deve apresentar nesta quinta-feira (26) metodologia para elaboração do balanço
Companhia tem até o fim de abril para publicar seu balanço anual auditado, incluindo valores que envolvem denúncias de corrupção da operação Lava Jato
Leia a matéria completaDe forma simplificada, na prática, a empresa vai reavaliar a forma como toma decisões e atende a regras internas e externas, nos processos relacionados à administração e condução de negócios.
A empresa não deu detalhes sobre o que exatamente será revisto. O processo, diz o comunicado, será liderado pelo presidente, Aldemir Bendine, com participação da diretoria Executiva da empresa, e conduzido por executivos de outras áreas.
Novo cargo
Desde janeiro, a Petrobras conta com um diretor de Governança, Risco e Conformidade, o engenheiro João Adalberto Elek Junior. Antes inexistente, o cargo teve sua criação proposta em novembro do ano passado, na gestão da ex-presidente, Graça Foster.
Era uma tentativa de responder às desconfianças em relação à empresa, que cresciam frente às denúncias de corrupção que ganharam força com depoimentos de ex-executivos da Petrobras em delação premiada e à Justiça, no âmbito da Operação Lava Jato.
Hipoteca
A Petrobras conseguiu afastar temporariamente o risco de execução da hipoteca de sua sede, no Centro do Rio, que havia sido decretado pela Justiça em fevereiro, para garantir pagamento de indenização de R$ 935 milhões à Refinaria de Manguinhos.
A Justiça estadual aceitou, no último dia 16, apelação apresentada pela empresa questionando sentença dada no fim de dezembro, em primeira instância, em ação judicial apresentada por Manguinhos.
Nessa ação, proposta em 2013, Manguinhos, que está em recuperação judicial, pedia compensação por supostas perdas sofridas entre 2002 e 2008 com o congelamento no preço praticado pela estatal na venda de combustíveis por suas refinarias.
A juíza Marianna Manfrenatti, da 25ª Vara Cível, rejeitou os embargos e manteve a hipoteca, mas recebeu a apelação, encaminhando o caso para análise em segunda instância. Assim, caberá aos desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio confirmar ou não, em data ainda não definida, o direito de Manguinhos de ser indenizada.
Até lá, a hipoteca da sede da empresa não poderá ser executada.
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